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Além dos frutos do mar, Coco Bambu terá nova marca voltada a carnes

O objetivo do novo formato é ter mais capacidade de expansão: “esse modelo é mais replicável em diversas cidades”, diz o presidente Afrânio Barreira

Vasto, novo restaurante do Coco Bambu, com foco em carnes (Coco Bambu/Divulgação)

Vasto, novo restaurante do Coco Bambu, com foco em carnes (Coco Bambu/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 12h00.

Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 13h00.

A rede de restaurantes Coco Bambu se prepara para ir além dos frutos do mar. A companhia irá inaugurar uma nova rede, chamada Vasto, voltada a pratos de carne, com inauguração prevista para o primeiro semestre do ano que vem, em Brasília.

Os restaurantes serão menores em comparação a sua marca principal. O cardápio também é reduzido em relação ao Coco Bambu, famoso por suas muitas opções de prato. Mesmo assim, haverá opções de carne, saladas, sanduíches e até sushi.

A inspiração para a marca Vasto veio de restaurantes voltados a carne de Nova York. Mais que isso: todos os equipamentos usados na cozinha também são importados e a companhia levou diversos funcionários envolvidos na obra, como projetistas de luz e técnicos de som, em uma viagem aos Estados Unidos para a definição do conceito do restaurante.

O novo restaurante tem entre 150 e 250 cadeiras e ocupa espaços de 400 a 600 metros quadrados, enquanto os locais voltados a frutos do mar têm cerca de 650 lugares e 2 mil metros quadrados.

O objetivo com o novo formato é ter mais capacidade de expansão. Por ser mais enxuta, a marca Vasto consegue chegar a mais cidades e shopping centers. “Esse modelo é mais replicável em diversas cidades”, diz Afrânio Barreira, fundador e presidente do Coco Bambu.

Segundo ele, havia uma demanda de diversos shopping centers, onde ficam 21 de suas 37 lojas, para a criação de uma marca menor e com maior potencial de expansão.

A empresa realizou um estudo com uma consultoria para avaliar qual o potencial de aberturas de restaurantes Coco Bambu no Brasil. De acordo com o presidente, há mercado para 120 restaurantes da marca, já que cada unidade é grande e depende de um fluxo alto de consumidores, possível apenas em grandes cidades.

A companhia quer fechar o ano com 39 restaurantes Coco Bambu em operação e tem 20 planejados ou em obras para abertura no ano que vem. A companhia deve fechar o ano com faturamento de 1 bilhão de reais, crescimento de 28% em relação ao ano passado.

Outras inovações

A companhia também está experimentando novos modelos de restaurantes de sua marca principal. Em julho, abriu uma unidade conceito de sua marca principal no bairro Vila Olímpia, em São Paulo.

A unidade serve um buffet no horário de almoço, um dos de maior movimento do local, e a companhia busca atender pessoas que moram ou trabalham na região. O preço fixo de R$54,90 permite provar os pratos de maior sucesso à vontade. No jantar e almoço de finais de semana, funcionará com serviço a lá carte.

O cardápio da loja também é mais enxuto e o número de mesas, 200, é menor do que em outras unidades. O modelo chegou recentemente à segunda unidade, no Shopping Eldorado.

A rede também está indo além dos seus restaurantes. No último ano, lançou ovos de páscoa em parceria com a Cacau Show, uma cachaça artesanal, e, em setembro do ano passado, uma cerveja em parceria com a Wälls.

Além disso, a companhia desenvolve um vinho português e champanhe exclusivos para consumo em loja. Assim como na criação de qualquer marca própria, a ideia é fidelizar o consumidor pelas experiências exclusivas.

Aprendizado com os erros

Nem todas as experiências dão certo. Depois de passar três anos planejando sua expansão internacional e abrir uma unidade em Miami Beach, em 2017, o Coco Bambu fechou a unidade americana em 2018. Assim como o Coco Bambu, Madero e Paris 6 também fecharam seus restaurantes na cidade da Flórida no mesmo ano.

Afrânio prefere olhar a situação como um “copo meio cheio de Coca-Cola”. Segundo ele, ainda que a loja tenha ficado pouco mais de um ano aberta, o aprendizado com a experiência valeu a pena.

“Revisamos nossa auditoria interna, atualizamos os sistemas e equipamentos usados nos restaurantes e dei palestras em universidades americanas. Tivemos até uma reunião com o (então presidente dos Estados Unidos) Barack Obama”, diz Barreira.

Para o fundador, as novas experiências podem ajudar a empresa a crescer - e até a aprender com os desvios.

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