Negócios

Aivo, que faz atendimento ao cliente com inteligência artificial, é vendida a empresa dos EUA

A fusão dos dois negócios fará com que a Aivo amplie seu portfólio de clientes de 200 para 700 empresas

Martin Frascaroli, da Aivo: Brasil é segundo maior escritório da empresa e o primeiro da América Latina, atrás apenas dos EUA (Aivo/Divulgação)

Martin Frascaroli, da Aivo: Brasil é segundo maior escritório da empresa e o primeiro da América Latina, atrás apenas dos EUA (Aivo/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 24 de agosto de 2023 às 06h02.

Última atualização em 24 de agosto de 2023 às 08h00.

A Aivo, que faz atendimento ao cliente com inteligência artificial, acaba de ser vendida para a Engageware, empresa de soluções de engajamento dos Estados Unidos fundada em 1999. O valor da aquisição não foi divulgado, mas a fusão dos dois negócios fará com que a Aivo amplie seu portfólio de clientes de 200 para 700 empresas.

“Já tínhamos uma presença pequena nos Estados Unidos, através de parcerias, mas o foco principal estava em atender América Latina”, diz o CEO Martin Frascaroli. “A partir de hoje, nós temos 500 novas empresas potenciais para fazer negócio, porque teremos acesso ao portfólio da Engageware”. 

A Aivo foi fundada em 2012 na Argentina. Hoje, o principal mercado e escritório da empresa na América Latina fica no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Por aqui, conta com cerca de 30 funcionários e atende a clientes como Havaianas e PicPay. A importância do país para empresa vai desde o tamanho do mercado brasileiro como também pelos tipos de clientes que têm aqui, como bancos e grandes companhias. “A oportunidade nos próximos 12 meses é maior do que todos os anos anteriores”, diz Frascaroli.

O que faz a Aivo

A Aivo ajuda empresas a se comunicarem com os seus clientes. Frascaroli resume a operação como o “próximo passo do ‘bot’ de mensagem do canal de atendimento”. Isso porque eles usam inteligência artificial para que a conversa se pareça com a de entre humanos. 

“Criamos uma solução de software que permite ajudar as companhias a entender de uma maneira natural, de conversa aberta, o que a pessoa quer, e achar a solução”, afirma Frascaroli.

A tecnologia entende, por exemplo, a conversa por áudio, mensagem ou imagem, e processa as informações para responder ao cliente. Além disso, usa ferramentas como Chat GPT para que a conversa tenha o tom que a contratante deseja.

Hoje, essa tecnologia já atende 200 empresas em 22 países. Essa tecnologia já serviu de base para os clientes da Aivo atenderem 250 milhões de pessoas.

“A companhia nasce com o objetivo de economizar o tempo das pessoas”, diz. “Nós criamos tecnologia para ajudar as empresas a otimizar o tempo das pessoas. E entender a linguagem para ter uma conversa aberta”. 

O que acontecerá com a aquisição

Com a aquisição, as duas empresas devem unir forças para compartilhar portfólio de clientes. A Aivo também usará a aquisição para entrar com mais força nos Estados Unidos, onde o market share é baixo. 

“A Engageware estava buscando um produto de otimização de conversa para seus clientes, e decidiram comprar uma tecnologia para complementar sua oferta dentro do mercado americano”. 

Entre os serviços que vão poder oferecer, estão conversas em canais como: 

  • SMS
  • site
  • redes sociais
  • WhatsApp

A perspectiva, com a aquisição, é que a empresa dobre de tamanho nos próximos dois anos. 

Quem é a Engageware

 A Engageware é uma empresa americana que oferece um serviço de autoatendimento e gestão para as empresas. O principal cliente do negócio são instituições financeiras e empresas de gestão de ativo que querem automatizar o atendimento ao cliente e reduzir a carga de trabalho dos call centers. 

 Entre os clientes da Engageware estão a Best Buy e o Investors Bank. 

Acompanhe tudo sobre:StartupsInteligência artificial

Mais de Negócios

Os segredos da Electrolux para conquistar a preferência dos brasileiros há quase um século

Você já usou algo desta empresa gaúcha que faz R$ 690 milhões — mas nunca ouviu falar dela

Ela gastou US$ 30 mil para abrir um negócio na sala de casa – agora ele rende US$ 9 milhões por ano

Ele só queria um salário básico para pagar o aluguel e sobreviver – hoje seu negócio vale US$ 2,7 bi