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Airbus tem produção recorde, mas entrega de A380 cai

SEVILHA, Espanha, 12 de janeiro (Reuters) - A Airbus decepcionou previsões do mercado ao apresentar uma queda na receita anual e alertou que o superjumbo A380 continuará sendo um peso financeiro para a companhia nos próximos anos.   Representantes da empresa ainda renovaram a pressão sobre os governos europeus para realização de concessões sobre orçamentos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

SEVILHA, Espanha, 12 de janeiro (Reuters) - A Airbus decepcionou previsões do mercado ao apresentar uma queda na receita anual e alertou que o superjumbo A380 continuará sendo um peso financeiro para a companhia nos próximos anos.

Representantes da empresa ainda renovaram a pressão sobre os governos europeus para realização de concessões sobre orçamentos e prazos estourados, em uma disputa que se arrasta há 9 meses sobre o avião de transporte militar A400M, que a Airbus insiste ser incapaz de produzir sem mais recursos.

A Airbus, parte do grupo aeroespacial EADS, tem sofrido há anos com os atrasos no desenvolvimento das aeronaves civil e militar, dois dos maiores projetos industriais da Europa.

Mas apesar da produção do A380 ter caído em seu segundo ano completo de produção, o presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, disse que uma auditoria interna encontrou formas de produzir o modelo de maneira mais eficiente.

A empresa entregou 10 superjumbos, ante 12 em 2008 e contra uma meta inicial de 18 para 2009. Enders disse que metade da falta de oito aviões foi decorrente de pedidos de adiamento feitos por companhias aéreas devido à fraca economia. O restante foi gerado por obstáculos à produção no final do ano.

No geral, a Airbus entregou um recorde de 498 aviões no ano passado, contra 483 em 2008, superando a Boeing pelo sétimo ano consecutivo.

Enders disse que a empresa planeja manter as entregas em 2010 "aproximadamente" nos mesmos níveis vistos nos últimos dois anos.

Mas apesar do aumento nas entregas, a receita caiu 3,6 por cento, para cerca de 41,7 bilhões de euros em 2009, 1 bilhão de euros a menos que o esperado pelo mercado.

O segundo maior grupo aeroespacial do mundo, depois da Boeing, previu receita "aproximadamente estável" contra o recorde do ano anterior de 43,27 bilhões de euros.

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