Airbus: "O Brasil vem de crise econômica e vemos a luz no fim do túnel e crescimento potencial", disse o executivo (Stephane Mahe/Reuters)
Reuters
Publicado em 29 de março de 2017 às 18h05.
Rio de Janeiro - A fabricante europeia de aviões Airbus tem encomendas de ao menos 62 aeronaves junto a companhias aéreas brasileiras para serem entregues nos próximos cinco a oito anos, afirmou nesta quarta-feira o presidente da empresa para América Latina, Raphael Alonso.
Segundo ele, a demanda doméstica por voos vai ter uma expansão média anual de 4,8 por cento até 2035, ante a média mundial estimada em 4,5 por cento.
"O Brasil vem de crise econômica e vemos a luz no fim do túnel e crescimento potencial", disse o executivo.
"As economias que estão emergindo e quem têm população maior terão maior movimento (...) Estamos vindo de um período difícil e vamos para céu de brigadeiro", acrescentou.
A expectativa da Airbus é de um aumento no índice de voos no Brasil nos próximos anos, saindo de um indicador de 0,5 per capita em 2015 para 1,1 per capita em 2035. Nos Estados Unidos, o índice é de 4 per capita.
Alonso afirmou que mais 825 aeronaves serão adicionadas à frota brasileira para atender a demanda local até 2035. No ano passado, a frota comercial era de 686 aeronaves.
A Airbus tem como objetivo capturar uma participação de mercado de cerca de 60 por cento até a data, disse o executivo.
A fabricante europeia estima que entre 2016 e 2035 a América Latina precisará de 2.570 novas aeronaves de passageiros e carga, incluindo 2.030 de corredor único e 540 de corredor duplo, com valor estimado em 350 bilhões de dólares.
Os clientes atuais da Airbus no Brasil incluem as companhias áreas Latam, Azul e Avianca.