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Airbus é investigada nos Estados Unidos por transações irregulares

Segundo o "Le Monde", a Airbus pode ser multada e se for condenada, pode ser excluída "dos mercados públicos internacionais durante cinco anos"

Airbus: a Justiça americano abriu uma investigação no final de 2017 e informou a empresa neste ano (Regis Duvignau/Reuters)

Airbus: a Justiça americano abriu uma investigação no final de 2017 e informou a empresa neste ano (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 12h33.

Paris - A fabricante aeronáutica europeia Airbus está sendo investigada nos Estados Unidos por irregularidades em suas transações, investigações que se somam às iniciadas na França e no Reino Unido, informou o jornal "Le Monde" nesta quinta-feira.

Além disso, o jornal apontou que o Departamento de Justiça americano abriu uma investigação no final de 2017 e informou a empresa neste ano.

A fabricante garantiu em comunicado que coopera com as autoridades americanas "em estreita coordenação" com o organismo antifraude do Reino Unido SFO e a Promotoria Nacional Financeira da França, que tinham aberto anteriormente procedimentos contra si.

Em 31 de outubro de 2017, a fabricante anunciou que, no final de 2016, tinha reconhecido aos Estados Unidos ter descumprido obrigações regulamentares, concretamente nas comunicações que deveria ter feito ao Departamento de Estado sobre contratos de exportações de armamento.

A empresa já havia se autoacusado diante das autoridades britânicas e francesas em 2016 por irregularidades nas informações sobre a ação de intermediários em diversos contratos.

A Airbus destacou hoje que os Estados Unidos são um país "de grande importância" para a empresa em termos de "instalações de produção, empregados e clientes" e ressaltou o seu compromisso com o mesmo, mas disse não poder comentar "os procedimentos em curso".

Segundo o "Le Monde", a fabricante poderia ser multada com milhares de milhões de euro e, caso chegue a ser condenada pela via penal, poderia ser excluída "dos mercados públicos internacionais durante cinco anos".

O jornal ainda revelou que a empresa espera que o Departamento de Justiça se una ao SFO e à Promotoria francesa no marco de uma investigação multilateral, pela qual a multa fixada seria repartida no seio desse trio de instâncias.

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