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Maioria dos anfitriões do Airbnb no país é formada por mulheres

Desde a fundação do Airbnb em 2008, as mulheres já faturaram 10 bilhões de dólares com o aluguel de quartos, apartamentos e casas

Airbnb: no Brasil, 52% da comunidade do site é composta por mulheres que geram uma renda média de R$ 5.840 (Airbnb/Divulgação)

Airbnb: no Brasil, 52% da comunidade do site é composta por mulheres que geram uma renda média de R$ 5.840 (Airbnb/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 13 de março de 2017 às 12h11.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 14h59.

São Paulo - Para o Fórum Econômico Mundial, em 118 anos mulheres e homens terão igualdade de salário. Para o ministro da Fazenda brasileiro, Henrique Meirelles, deve demorar mais 20 anos para que os salários médios se equiparem.

Porém, a desigualdade está acontecendo agora e as mulheres de hoje não podem esperar. Em busca de dinheiro extra para complementar o orçamento, elas se destacam na economia compartilhada do Airbnb como anfitriãs.

Elas são a maioria na plataforma, 55% de todos os anfitriões, e, desde a sua fundação em 2008, já faturaram 10 bilhões de dólares com o aluguel de quartos, apartamentos e casas, segundo o relatório apresentado à ONU pelo Airbnb para o Dia Internacional da Mulher.

Buscando entender o perfil da sua comunidade feminina no mundo, o Airbnb descobriu que, embora não seja uma solução para a desigualdade, sua plataforma de economia compartilhada se tornou uma ferramenta para empoderar mulheres, com grande impacto em países em desenvolvimento. No Quênia, a anfitriã comum recebe o suficiente para cobrir mais de um terço da despesa média anual das famílias. Na Índia, ela cobre 31%; e no Marrocos, 20%.

No Brasil, 52% da comunidade do site é composta por mulheres que geram uma renda média de R$ 5.840. O dinheiro extra é usado para complementar o orçamento de casa, sendo que 63% das anfitriãs que são mães solteiras o utilizam para os gastos domésticos.

No mundo, 50 mil mulheres declararam que usam a renda extra para empreender ou se sustentar enquanto abrem um negócio. Só em 2016, 2.500 das anfitriãs brasileiras também usaram o serviço para esse fim.

De acordo com Leo Tristão, diretor geral da companhia no Brasil, “esse grupo nos coloca próximos dos resultados de mulheres empreendendo com a renda extra do Airbnb em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália (5%). O número de mulheres empreendedoras cresceu cerca de 16% no Brasil nos últimos 10 anos, segundo o Sebrae, e nós ficamos felizes em saber que a plataforma tem contribuído nesse sentido.”

O negócio continua em crescimento no Brasil e entre as mulheres brasileiras. Em 2016, o país tinha 123 mil anfitriões, um crescimento de 103% no ano, e chegou a mais de 1 milhão de pessoas já hospedadas por meio do site. O Rio de Janeiro é a 4ª cidade com o maior número de anfitriãs no mundo, atrás apenas de Paris, Nova York e Londres.

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