Logo do Airbnb é vista em computador, em Paris (Martin Bureau/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2017 às 10h49.
Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 10h50.
O Airbnb está se expandindo com reservas em restaurantes como parte do plano da startup de se transformar em uma empresa de reservas de viagens completa como a Priceline e a Expedia.
Por meio do website e do aplicativo para smartphones do Airbnb, os usuários podem reservar mesas em cerca de 650 restaurantes nos EUA, informou a empresa na quarta-feira. Antes disso, os clientes usaram o Airbnb para efetuar reservas somente durante um pequeno teste feito em São Francisco.
O novo serviço deixa o Airbnb mais parecido com a Priceline, dona do OpenTable, um website e aplicativo líder em reservas de restaurantes nos EUA. O Airbnb preferiu não divulgar seu método para ganhar dinheiro com a nova ferramenta de reservas.
No entanto, ela é projetada em parte para que os usuários se envolvam com o Airbnb com mais regularidade. Quando as pessoas reservam lugar para ficar no principal serviço de compartilhamento de residências da empresa, também podem organizar os jantares em restaurantes durante a viagem.
Após seu lançamento, em 2008, o Airbnb se transformou no aplicativo favorito para os viajantes que buscam lugar para ficar. Agora, a atenção da startup vai além das hospedagens.
No ano passado, a empresa começou a vender experiências de viagem únicas, como aulas de preparação de charutos em Cuba.
A companhia também trabalhou em uma ferramenta de reserva de voos e em um widget para planejamento de itinerários que oferece sugestões de viagens personalizadas com base no comportamento, nas preferências e na localização do consumidor.
O Airbnb se apoiou em aquisições e parcerias para acelerar essa expansão. No ano passado, o Airbnb investiu US$ 13 milhões na desenvolvedora de aplicativos de reservas em restaurantes Resy.
Na quarta-feira, a Resy começará a gerenciar reservas para usuários do Airbnb por meio de uma guia chamada “Restaurantes” nos aplicativos e no website do Airbnb.
O Airbnb preferiu não revelar sua participação na Resy, nem informou se tem planos de comprar a empresa de forma definitiva.
“A integração das reservas da Resy aumenta o valor do produto principal da Airbnb ao transformá-lo em um faz-tudo do ramo de viagens”, disse Arun Sundararajan, professor da Universidade de Nova York.
Ele acredita que o Airbnb buscará uma oferta pública inicial nos próximos 12 a 16 meses e disse que a startup precisa de novas categorias de produtos, como restaurantes, para manter o crescimento e justificar sua avaliação de mercado de cerca de US$ 31 bilhões como empresa privada.