Negócios

Air Lease pede cautela a Boeing e Airbus na produção

Empresa de leasing de aviões disse que planos de aumento na produção podem colocar os fornecedores em risco de colapso

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 10h42.

Nova York - O presidente da Air Lease, uma grande empresa de leasing de aviões, pediu na quinta-feira à Boeing e à Airbus que sejam cautelosas sobre novos aumentos no ritmo de produção de aviões comerciais, dizendo que esses planos podem colocar os fornecedores em risco de colapso.

Fornecedores já estão operando em "capacidade absoluta" e sua habilidade de acompanhar o ritmo dos aumentos atualmente discutidos por Boeing e Airbus é uma "grande preocupação nossa", disse o presidente da Air Lease, John Plueger, em uma reunião do Wings Club, uma grupo de aviação, em Nova York.

A Boeing disse que está considerando aumentar o ritmo de produção de seu jato 737 para 52 por mês em 2018, ante 42 por mês atualmente.

Da mesma forma, a Airbus está estudando elevar a produção de seu avião rival A320 a uma taxa de 50 por mês, em comparação com 42 atualmente.

Plueger está no negócio de fornecimento de aeronaves para companhias aéreas e, por isso, a maior oferta pode reduzir o lucro.

Mas ele prevê forte demanda de passageiros, dizendo que os temores de uma "bolha de encomendas" não são confirmados por dados que mostraram um crescimento sustentável de longo prazo da demanda por jatos, apesar dos recordes de encomendas em carteira da Airbus e da Boeing para sete a oito anos.

"A maioria dos fornecedores vão ter que gastar uma boa quantidade de capital" para responder aos níveis de produção mais elevados que a Boeing e a Airbus estão considerando. Os conselhos dessas empresas "têm que estar convencidos de que essas taxas de aumento estão aqui para ficar por um longo período de tempo."

Assim, os fabricantes de aeronaves precisariam ouvir atentamente a fornecedores e "não seguir em frente com taxas mais ambiciosas de produção." 

A Boeing disse que avalia constantemente o mercado para "garantir que as nossas taxas estão de acordo com a oferta e a demanda.

"Estamos confiantes em nossos planos de aumentar a taxa e na capacidade da nossa cadeia de fornecimento de crescer com a gente", disse o porta-voz Doug Alder.

Acompanhe tudo sobre:AirbusAviaçãoAviõesBoeingEmpresasEmpresas americanasEmpresas holandesasempresas-de-tecnologiaSetor de transporteTransportesVeículos

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões