Air France: o chanceler da Venezuela acusou os EUA de criarem deliberadamente um alarme no país (Balint Porneczi/Bloomberg)
EFE
Publicado em 28 de julho de 2017 às 22h45.
Paris - A companhia aérea Air France anunciou na noite desta sexta-feira a suspensão dos voos entre Paris e Caracas desde este domingo, quando serão realizadas as eleições da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela, até a próxima terça-feira.
"Perante a situação atual na capital venezuelana, somos obrigados a suspender os nossos voos de Paris a Caracas do domingo, 30 de julho, à terça-feira, 1º de agosto", informou a companhia aérea francesa em comunicado.
A empresa dá aos clientes a opção de voltar a reservar sem custos um voo posterior ou cancelar a viagem, o concederá ao passageiro um vale não reembolsável válido por um ano.
Esta decisão ocorre um dia após o governo dos Estados Unidos ter ordenado aos familiares dos funcionários da embaixada americana em Caracas que abandonem a Venezuela, o que aconteceu hoje, por causa dos crimes "violentos" e da falta "generalizada de alimentos e medicamentos".
Em resposta, o chanceler da Venezuela, Samuel Moncada, acusou os EUA de criarem deliberadamente um alarme no país com a intenção de semear o caos.
"Se eles evacuam os funcionários, é o ato de um país que está a ponto de cair no abismo. E outras embaixadas copiam porque dizem que 'os americanos sabem que nós não sabemos', então as companhias aéreas começam a copiar", acrescentou o ministro venezuelano.
O governo da Venezuela convocou para este domingo a eleição dos delegados da Assembleia Nacional Constituinte, com a qual pretende modificar a Constituição. A oposição não participará da votação por considerar o processo "fraudulento".