Negócios

Air France propõe novos contratos baseados em produtividade

O diretor de recursos humanos da Air France explicou que o objetivo da companhia é aumentar a produtividade


	Air France: ele garantiu que o aumento da produtividade não implicará em supressão de empregos, já que "gerará crescimento" da atividade
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Air France: ele garantiu que o aumento da produtividade não implicará em supressão de empregos, já que "gerará crescimento" da atividade (Alessandro Bianchi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 10h01.

Paris - A direção da Air France propôs aos pilotos, e vai a fazer o mesmo com o resto da tripulação, três tipos de contratos com salários diferentes em função dos compromissos que quiserem assumir em termos de competitividade.

O diretor de recursos humanos da Air France, Xavier Broseta, explicou em entrevista publicadanesta segunda-feira pelo "Le Parisien" que o objetivo da companhia é aumentar a produtividade, mas que "não se quer impor a todo o mundo" e por isso oferecerão três contratos como alternativa.

Em um deles, o funcionário aceitaria "caso alcance a produtividade pedida, seu salário ficaria idêntico ao de agora"; no segundo "trabalharia ainda mais, mas ganharia mais"; e no último "pode se recusar a assumir esse compromisso de produtividade, mas então sua remuneração diminuiria".

Ele garantiu que o aumento da produtividade não implicará em supressão de empregos, já que "gerará crescimento" da atividade, e na prática poderá diminuir o número de postos que a companhia aérea planeja cortar.

O diretor de recursos humanos insistiu na ideia de que embora o plano Transform que está sendo aplicado pela empresa "tenha evitado a quebra, mas se queremos dar uma oportunidade de voltar a ser uma grande companhia, é preciso continuar".

Ele reconheceu que a frase do presidente da Ryanair, Michael O'Leary, de que poderia comprar a Air France, "infelizmente é verdade", porque a companhia francesa vale menos de dois bilhões de euros (R$ 9 bilhões) na bolsa.

Embora os números do verão europeu tenham sidobons, ele admitiu que "todas as companhias do mundo têm custos inferiores aos nossos".

Na semana passada, a direção da Air France reiterou a ameaça de cortar 2.900 empregos se não chegar a um acordo antes do fim do ano com os funcionários que permita aumentar sua competitividade.

Acompanhe tudo sobre:Air FranceAviaçãocompanhias-aereasContrataçõesEmpresasEmpresas francesasgestao-de-negociosprodutividade-no-trabalhoSalários

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades