Da esquerda para a direita, Alberto Filho, CEO, Saulo Daniel, CTO, e Gabriel Henrique, CIO da Poli: acordo com Meta para disseminar WhatsApp nas pequenas e médias empresas (Alberto Filho/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 14h41.
O sonho de muitos empreendedores é ver o produto ou a solução desenhada por eles ser adotada, ou pelo menos recomendada, por grandes empresas.
Trata-se de uma validação e tanto para um negócio muitas vezes incipiente e em busca de um reconhecimento capaz de abrir portas de novos clientes ou fornecedores melhores.
Nesta semana, um clima de comemoração fez parte do dia a dia no escritório da startup goiana Poli justamente por esse motivo.
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A startup dedicada a tecnologias para empresas de pequeno e médio porte (PME) estreitarem a comunicação com consumidores anunciou acordo com a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp.
O acordo habilita a Poli a acessar as configurações da API do WhatsApp Business, versão recomendada às empresas dispostas a vender produtos ou serviços pelo aplicativo ou criar um robozinho virtual (os chatbots) para automação do atendimento a clientes.
A partir de agora, a Poli vira uma provedora oficial do WhatsApp para instalar essas ferramentas entre os clientes da startup, em geral PMEs com orçamento limitado para investimentos em marketing ou vendas.
A posição da Poli é o que no Estados Unidos convencionou-se chamar de Business Service Provider, ou BSP.
A aproximação da Meta com os pequenos negócios vem à tona em um momento oportuno.
Desde o início da pandemia, pequenos e médios empresários brasileiros precisaram passar por um processo de adaptação à nova realidade de transformações digitais.
Em países como o Brasil, o WhatsApp é a plataforma mais utilizada para conversas entre amigos e família, mas, com o passar do tempo, tornou-se também um canal de comunicação entre empresas e clientes, não somente para consolidar vendas de forma ágil, bem como para nutrir as relações por meio de estratégias de marketing.
Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o WhatsApp é utilizado por 84% dos negócios que vendem online.
O perfil de público da Poli é de pequenos e médios empresários que reconhecem a importância de estar presente nos meios digitais, mas não têm conhecimento sobre as ferramentas para negócios.
De acordo com os dados coletados pela startup em diagnóstico com sua base de clientes:
A Poli surgiu em 2018, quando os sócios Alberto Filho e Gabriel Henrique trabalhavam em departamentos distintos de uma rede de clínicas médicas conhecida em Goiânia.
Diariamente, lidavam com as dificuldades para atender todos os clientes que entravam em contato por WhatsApp e outros canais alternativos às ligações telefônicas.
A frustração ao perder clientes por esse motivo não era uma dor exclusiva da rede de clínicas; pelo contrário. Durante suas pesquisas, perceberam que se tratava de um problema crescente entre as pequenas e médias empresas.
Então, junto com mais um sócio, Saulo Daniel, que tinha experiência em equipes de tecnologia em empresas goianas, fundaram o Polichat.
Como o próprio nome sugere, a Polichat tinha como objetivo original oferecer uma plataforma de conversas.
O negócio cresceu: nos últimos meses a empresa agregou uma opção de pagamento, o Polipay, à plataforma de atendimento, dobrando a aposta nos contatos digitais entre empresas e clientes.
Nos últimos meses, a empresa passou por uma mudança de nome e virou apenas Poli.
Em 2021, a Poli faturou 5,6 milhões de reais, pouco mais do triplo do ano anterior (1,6 milhão de reais), e entrou no ranking Negócios em Expansão, de EXAME, com as empresas de maior crescimento de receita operacional líquida no ano passado.
A previsão é fechar 2022 com um crescimento de 100% em comparação com o faturamento do ano passado.
Atualmente a empresa tem mais de 1200 clientes. Com o boom de 2020, causado pela pandemia, hoje eles atendem empresas pelo Brasil e fora do país, expandindo para o Paraguai, Argentina, Uruguai, Canadá, Estados Unidos e Japão.
No time de investidores estão:
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