Negócios

Agilidade da arbitragem é maior, mas valor ainda é alto

Com maior internacionalização da economia brasileira, casos de arbitragem aumentam e são simulados em graduações


	Martelo de juiz: arbitragem é mais comum entre grandes empresas por conta dos altos valores envolvidos
 (AFP)

Martelo de juiz: arbitragem é mais comum entre grandes empresas por conta dos altos valores envolvidos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 09h52.

São Paulo - A expectativa de novos negócios internacionais que serão realizados envolvendo alguma parte brasileira deve impulsionar o surgimento de mais casos de arbitragem no País.

O levantamento World Investment Report 2012, da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), é um dos indicadores que revela esse crescimento da internacionalização da economia e das empresas brasileiras. Em 2011, por exemplo, o Brasil ficou em quinto lugar no ranking dos países que mais receberam Investimentos Estrangeiros Diretos (IED). Em 2010, a economia brasileira estava em oitavo lugar.

Neste ano, até novembro, a entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) chegou a US$ 59,9 bilhões, mostram os dados do Banco Central (BC).

"“O número de casos de arbitragem aumentou bastante nos últimos anos, e a gente tem trabalhado inclusive em casos internacionais"”, afirma Fernando Serec, sócio responsável pela área de Contencioso e Arbitragem do escritório TozziniFreire. Em 2012, os casos de arbitragem no escritório cresceram 25% na comparação com 2011.

Essa popularização da arbitragem já tem se refletido nos bancos escolares. “Hoje, existem audiências simuladas durante a graduação. Há um interesse maior dos alunos do que no passado”, afirma Serec.

Grandes empresas

A arbitragem ainda é mais direcionada para as grandes empresas. A rapidez custa caro, e os valores dos processos costumam ser altos. “A arbitragem não é barata. Por essa questão do preço, as partes que se submetem à arbitragem são empresas grandes, com contratos maiores envolvidos”, afirma Eliane Carvalho, sócia das áreas de direito do consumidor, resolução de conflitos preventivo, consultivo, contencioso e arbitragem do escritório Machado Meyer. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralInvestimentos de empresasJustiçaMercado financeiro

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico