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Afastados da Usiminas processam presidente do Conselho

Julián Eguren, Marcelo Chara e Paolo Bassetti abriram nesta quarta-feira um processo contra o presidente do Conselho de Administração da siderúrgica


	Usiminas: segundo comunicado do Ternium, Penido agiu de maneira ilegal ao votar pelo afastamento
 (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

Usiminas: segundo comunicado do Ternium, Penido agiu de maneira ilegal ao votar pelo afastamento (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano/Veja)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 15h00.

São Paulo - Os executivos afastados da Usiminas Julián Eguren, Marcelo Chara e Paolo Bassetti abriram nesta quarta-feira um processo contra o presidente do Conselho de Administração da siderúrgica, Paulo Penido, buscando reparação de danos morais.

Segundo comunicado do grupo latino-americano Ternium, responsável pela indicação dos executivos antes da demissão deles em setembro, Penido agiu de maneira ilegal ao votar pelo afastamento dos três na conturbada votação desempatada por ele.

Procurada, a Ternium não informou de imediato em que instância o processo foi aberto. Representantes da Nippon Steel, responsável pela indicação de Penido e com quem o executivo tem contrato de assessoria, não puderam comentar o assunto de imediato.

Penido afirmou à Reuters que não foi notificado oficialmente sobre o processo, mas viu com surpresa decisão dos executivos demitidos em processá-lo e que vai se defender na Justiça.

"Tomei decisão (de votar pela demissão dos executivos) baseada em fatos e provas. Não fui eu quem elaborou as provas, foram auditorias internas da empresa com empresas independentes", disse o presidente do conselho da Usiminas.

"A destituição dos três diretores foi feita com voto de cinco conselheiros e essa votação foi baseada em fatos e provas idôneas. Não foi uma decisão baseada em rumores", disse.

Auditorias internas da Usiminas detectaram recebimento de valores pelos executivos que não teriam passado por aprovações do conselho de administração da empresa, segundo Penido. Mas, segundo a Ternium, os benefícios pagos aos executivos fazem parte de política de remuneração para expatriados, aprovada pelo conselho em 28 de novembro de 2012. As ações da Usiminas tinham novo dia de forte alta na Bovespa nesta quarta-feira, juntamente com papéis das rivais CSN e Gerdau.

Desde a demissão dos três executivos, Ternium e Nippon têm travado forte disputa pelo controle da gestão da maior produtora de aços planos do Brasil. A primeira tenta afastar Penido da presidência do conselho, segundo fontes a par do assunto, e a segunda se recusa a permitir o retorno dos executivos demitidos, embora afirme estar aberta a negociar novos nomes.

*Atualizada às 15h59 do dia 17/12/2014

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