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AES Tietê mostra que deve ter opções para risco, diz Rufino

"Apresentamos uma proposta de repactuação dentro do que a lei nos autorizou a fazer. A adesão ou não e uma prerrogativa de cada agente"


	Hidrelétrica da AES Tietê: "Possivelmente a AES Tietê já conseguiu firmar novos contratos que já buscaram formas de mitigar o seu risco", acrescentou Rufino
 (Divulgação/AES Brasil)

Hidrelétrica da AES Tietê: "Possivelmente a AES Tietê já conseguiu firmar novos contratos que já buscaram formas de mitigar o seu risco", acrescentou Rufino (Divulgação/AES Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 15h23.

Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, avaliou que a não adesão da AES Tietê à repactuação do risco hidrológico é uma decisão legítima da companhia e mostra que a empresa provavelmente tem alternativas para lidar com o seu risco.

"Apresentamos uma proposta de repactuação dentro do que a lei nos autorizou a fazer. A adesão ou não e uma prerrogativa de cada agente", comentou nesta quarta-feira, 16.

O diretor-geral lembrou que a situação da AES Tietê é diferente da verificada na maioria das companhias do setor, pois a empresa detém contratos com a AES Eletropaulo - de seu mesmo grupo econômico - que vencem agora no fim de 2015.

"Possivelmente a AES Tietê já conseguiu firmar novos contratos que já buscaram formas de mitigar o seu risco", acrescentou Rufino.

A discussão e análise dos impactos da repactuação do risco hidrológico para a AES Tietê encontrou mais pontos negativos que positivos para a empresa, segundo a ata do conselho que discutiu o tema e decidiu pela não adesão. Entre os fatores negativos, a empresa destaca a redução do Ebitda em quase R$ 100 milhões ao ano entre 2016 e 2018.

Questionado sobre as sinalizações de outras companhias - Tractebel e EDP, por exemplo - também não aderirem à repactuação do risco hidrológico no ambiente de contratação livre (ACL), Rufino argumentou que cada empresa precisará fazer sua análise, mas todas têm o direito de optarem por gerirem seus riscos.

Isso ainda corroboraria a tese do órgão regulador de que nem todas as companhias do setor estariam sofrendo impactos incontornáveis com a falta de chuva. "O ACL tem um leque de oportunidades e um grau de liberdade muito maior", destacou.

O diretor-geral, no entanto, reforçou que o encerramento da discussão sobre o risco hidrológico no âmbito administrativo deve ajudar a Aneel a derrubar liminares na Justiça que não forem retiradas pelos próprios agentes - uma das condições para a repactuação. "Temos um argumento a mais para apresentarmos à Justiça", reforçou.

Na decisão de hoje, o conselho da AES Tietê destacou a ação judicial ajuizada pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), cuja liminar protege a companhia dos impactos financeiros decorrentes do risco hidrológico de geração.

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