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Advogado da Cimpor foi ao Cade trocar informações

Brasília - O advogado Fernando Marques, que representa a cimenteira portuguesa Cimpor, disse hoje, depois de se reunir com o conselheiro Vinícius Carvalho, do Conselho Administrativo do Defesa Econômica (Cade), que o encontro foi para a troca de informações sobre as operações de compra envolvendo a Cimpor e as empresas brasileiras Votorantim e Camargo Corrêa. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Brasília - O advogado Fernando Marques, que representa a cimenteira portuguesa Cimpor, disse hoje, depois de se reunir com o conselheiro Vinícius Carvalho, do Conselho Administrativo do Defesa Econômica (Cade), que o encontro foi para a troca de informações sobre as operações de compra envolvendo a Cimpor e as empresas brasileiras Votorantim e Camargo Corrêa. "O Cade está estudando uma forma de a Cimpor colaborar com o órgão, no sentido de preservar a concorrência no Brasil", disse Marques.

Ele não descartou a hipótese dessa colaboração evoluir para um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro), que é assinado entre o Cade e as empresas, para evitar que possa haver danos à concorrência, antes de o conselho examinar o mérito da operação.

Marques lembrou, no entanto, que a Cimpor é objeto no negócio, já que são as ações da empresa que estão sendo negociadas. O advogado disse que o conselheiro não sinalizou quando pretende dar uma decisão sobre o caso. Vinicius Carvalho é o relator do pedido de medida cautelar feito pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para suspender a compra de participação da Cimpor feita pela Votorantim e pela Camargo Corrêa. "O conselheiro está querendo toda a urgência e nós temos que analisar para ver como vamos contribuir", disse o advogado.

Na semana passada, Carvalho disse que pretendia assinar o Apro com a Votorantim para impedir que a empresa brasileira interfira nas decisões empresais da Cimpor relacionadas ao Brasil. Um acordo semelhante está sendo discutido com a Camargo Corrêa. Na oportunidade, Carvalho disse que deveria levar o Apro para ser homologado na sessão do Cade no dia 3 de março.

O advogado Fernando Marques não quis se pronunciar sobre os reflexos da operação no Brasil, mas afirmou que a manifestação da Cimpor feita ao Cade foi "com o intuito de preservar os ativos dela (Cimpor) no Brasil". Além da cautelar pedida pela CSN, o Cade deverá analisar o Apro de concentração, envolvendo tanto a compra da Votorantim quanto a da Camargo Corrêa. O prazo para a entrada do processo referente à Votorantim vence hoje e o da Camargo Corrêa, na quarta-feira da próxima semana. Desde o ano passado, CSN, Votorantim e Camargo Corrêa disputam a aquisição de ações da Cimpor.

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