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Acusados de cartel negam ilegalidade ou adotam silêncio

A Siemens informou ontem que tem interesse em que "todas as responsabilidades sejam apuradas com transparência"


	Alstom: já a Alstom não se manifestou porque não teve acesso às denúncias
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Alstom: já a Alstom não se manifestou porque não teve acesso às denúncias (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 10h44.

São Paulo - A Siemens informou ontem que tem interesse em que "todas as responsabilidades sejam apuradas com transparência" e que adota "postura de tolerância zero contra qualquer conduta ilegal", ao comentar a notícia de que o Ministério Público estadual ofereceu à Justiça de São Paulo denúncias criminais contra 30 executivos e ex-executivos de 12 empresas acusadas de participar de um cartel em projetos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e no Metrô de São Paulo. As fraudes teriam sido preparadas entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.

A Alstom não se manifestou porque não teve acesso às denúncias. A T’Trans disse que sempre norteou suas ações "na lisura e não participou de eventuais conluios" e que respondeu ao Cade "comprovando o posicionamento ético da empresa".

A Mitsui & Co (Brasil) afirmou que vai "cooperar diligentemente com o processo" e que Masao Suzuki não é mais seu diretor.

A MGE se coloca à disposição das autoridades. O criminalista José Luís Oliveira Lima alegou que Ronaldo Moriyama, ex-executivo da empresa, "sempre pautou sua atividade profissional pela ética e correção e nega a prática de qualquer ato irregular."

O advogado Guilherme San Juan, defensor de Eduardo Basaglia, da Alstom, disse que não pode se manifestar enquanto não tiver acesso à acusação.

A Bombardier destacou que "segue os mais altos padrões éticos e tem confiança de que seus funcionários agem de acordo com as leis".

A Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que o Metrô e a CPTM "estão colaborando com todos os órgãos que investigam as denúncias sobre formação de cartel" e que o governo "é o maior interessado em apurar os fatos e exigir ressarcimento aos cofres públicos".

A Tejofran respondeu que "a atividade do gerente comercial Ricardo Lopes restringe-se à preparação documental de processos licitatórios". Segundo a empresa, a "análise documental demonstrará a modicidade dos seus preços." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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