Carlos Ghosn: ajudantes de executivo brasileiro que fugiu para o Japão são presos na Turquia (Regis Duvignau/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de janeiro de 2020 às 11h07.
Última atualização em 4 de janeiro de 2020 às 16h18.
Istambul - O ministro da Justiça da Turquia, Abdulhamit Gül, confirmou neste sábado (4) que cinco das sete pessoas detidas em ligação com a fuga do executivo brasileiro Carlos Ghosn do Japão, sob a acusação de irregularidades financeiras, voltaram a ser presos preventivamente.
Além disso, o sistema judicial turco apreendeu dois aviões de uma companhia aérea privada, acrescentou o ministro durante uma entrevista à agência de notícias local "Anadolu".
Embora não tenha dado nomes, tudo indica que se trata da empresa turca MNG, dedicada ao aluguel de aeronaves particulares, que ontem já havia confirmado o envolvimento de um dos seus funcionários.
Na última quinta-feira, as autoridades prenderam sete pessoas relacionadas com o voo do ex-presidente da aliança entre as montadoras Nissan e Renault para o Líbano através do aeroporto Atatürk, em Istambul.
Dois dos detidos foram liberados, enquanto que para os restantes - quatro pilotos, dois dos quais em serviço nos aviões utilizados para o crime, e um diretor de uma empresa de carga privada - foi ordenada a prisão preventiva.
Ghosn, 65 anos, que estava livre sob fiança em Tóquio desde 25 de abril e aguardava julgamento sob acusação de irregularidades financeiras, apareceu na última terça-feira em Beirute depois de deixar o Japão clandestinamente.
O bilionário fugitivo aparentemente voou primeiro da cidade japonesa de Osaka para o aeroporto de Atatürk, e de lá para o Líbano. Até agora, a Turquia não recebeu um pedido formal de cooperação jurídica do Japão, mas a investigação em curso se baseia na suspeita de violação da lei turca.