Vista geral de Salvador: Bahia é um dos novos alvos de private equity (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 08h19.
Os fundos de private equity no Brasil, como Actis LLP e 3i Group Plc, estão buscando negócios no Nordeste, à medida que o crescimento local supera o ritmo de São Paulo e Rio de Janeiro.
O Kinea, braço de private equity do Itaú Unibanco Holding SA, concordou em comprar uma fatia no Grupo Delfin, dono de uma rede de clínicas de diagnóstico médico na Bahia e no Rio Grande do Norte. Em setembro, o Darby Overseas Investments Ltd. comprou uma fatia do Dall, um fornecedor de alimentos para plataformas de petróleo e para outras empresas em seis estados nordestinos. O Vinci Partners Investimentos Ltda. e o Graycliff Partners LP também fecharam negócios no Nordeste neste ano.
O crescimento na região mais pobre do País, onde o Produto Interno Bruto per capita é de cerca de R$ 26 por dia, está acelerando mais do que em São Paulo e no Rio, levando companhias como a cervejaria Grupo Petrópolis e a montadora Fiat SpA a abrirem unidades no local. O Nordeste oferece uma oportunidade “fantástica” para fundos de private equity porque o poder de compra do consumidor deve continuar aumentando, disse Patrick Ledoux, co-diretor para América Latina na londrina Actis.
“Nós estamos vendo pessoas saindo do eixo Rio-São Paulo, perseguindo oportunidades no Nordeste”, disse Peter Furci, sócio da Debevoise & Plimpton LLP em Nova York, em entrevista em São Paulo. “Há menos penetração e melhores oportunidades para fazer negócios a preços razoáveis”.