Plataforma de exploração de petróleo: o acordo significa que a SBM Offshore não será processada na Holanda (Rich Press/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 07h07.
Amasterdã - A holandesa SBM Offshore, de leasing de plataformas de petróleo, disse nesta quinta-feira que iria se ater à sua previsão de receita em 2014 após um acordo em investigação holandesa sobre suborno, apesar de as condições para o negócio de petróleo e gás serem desafiadoras no curto prazo.
A SBM Offshore firmou na quarta-feira um acordo com autoridades holandesas de 240 milhões de dólares (193 milhões de euros) envolvendo investigação que corria há tempos sobre suborno, e disse que autoridades norte-americanas tinham retirado sua investigação.
O acordo significa que a SBM Offshore não será processada na Holanda, mas os indivíduos envolvidos no caso podem enfrentar acusações em outros países.
Ele encerra uma investigação de dois anos e meio sobre pagamentos impróprios feitos a agentes de vendas em Angola, Brasil e Guiné Equatorial entre 2007 e 2011.
No Brasil, a Controladoria Geral do União disse na quarta-feira que também estava considerando penalizar a SBM Offshore, incluindo a proibição de contratos futuros com a Petrobras. O órgão disse que poderia ser leniente porque a empresa havia cooperado com as autoridades.
O presidente-executivo Bruno Chabas disse em um comunicado: "Estamos bem encaminhados para entregar uma receita em 2014 como previmos no começo deste ano."
"Ao mesmo tempo, não podemos ignorar a desaceleração visível em todo o setor de petróleo e gás, que afetou a entrada de pedidos no curto prazo."
No terceiro trimestre, o registro de pedidos novos da SBM despencou 80 por cento, para 2,1 bilhões de dólares.
A empresa disse que sua dívida líquida subiu 36 por cento, a 3,3 bilhões de dólares. A SBM reiterou que espera uma receita prospectiva com projetos ainda fora do balanço de 3,3 bilhões de dólares.