Joe Biden e Emmanuel Macron em encontro da OTAN em Bruxelas para tratar da invasão e do ataque da Rússia contra a Ucrânia (Gonzalo Fuentes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2022 às 07h27.
Última atualização em 25 de março de 2022 às 07h54.
Pela primeira vez em 2022, os principais índices de ações do mundo caminham para emendar duas semanas consecutivas de valorização, na medida em que os ativos estão cada vez mais precificados de acordo com as expectativas de aperto da política monetária americana e os efeitos do guerra entre Rússia e Ucrânia, segundo alguns analistas. Mas há também notícias positivas, como o acordo anunciado entre Estados Unidos e União Europeia para o fornecimento de gás.
Um dos principais temores de investidores em relação à guerra é sobre os impactos da redução do abastecimento de gás da Rússia para os países europeus. Nesta sexta-feira, esse receio foi amenizado com o anúncio de um acordo para que os Estados Unidos forneçam 15 milhões de metros cúbicos de GNL (gás natural liquefeito) para a União Europeia neste ano, além de volumes adicionais até 2030. O acordo foi assinado em Bruxelas (Bélgica), onde Joe Biden se reuniu com as principais lideranças europeias, incluindo Boris Johnson (Reino Unido) e Emmanuel Macron (França).
Esses são os planos da companhia mais valiosa do mundo, segundo informações da Bloomberg. A medida é especulada por analistas de mercado há anos, mas agora finalmente estaria para sair do papel, ainda neste ano. Seria uma forma de reforçar ainda mais o LTV (Lifetime Value) dos clientes da companhia, na medida em que representaria uma garantia de receita por alguns ou muitos anos dos milhões de consumidores fieis à marca de Steve Jobs.
Às 9h, o IBGE divulga a prévia da inflação oficial ao consumidor, com o IPCA-15 de março. Projeções apontam para a desaceleração do índice do 0,99% de fevereiro para 0,85% -- segundo a equipe de Macro & Estratégia do BTG Pactual, na medida em que os reajustes escolares do começo de ano começam a ter os efeitos na inflação dissipados.
"Contra fluxo [de capital] não se briga." Essa é uma das máximas de gestores e operadores no mercado e tem se aplicado ao que tem ocorrido na bolsa brasileira e no mercado de câmbio neste ano. Apesar da limitada ou ausente melhoria de fundamentos econômicos -- na verdade, as perspectivas são piores com a inflação persistente acima de 10% ao ano e a taxa básica de juros projetada para subir para 13% nos próximos meses --, o Ibovespa segue renovando seus maiores patamares em mais de seis meses, e o dólar, as cotações mais baixas em dois anos, desde o começo da pandemia.
A razão: o forte ingresso de capital de investidores estrangeiros no mercado brasileira, atraídos justamente pelo juro mais elevado vis-à-vis as taxas próximas do zero ainda praticadas na maior parte do mundo desenvolvido e pelas ações de valor a múltiplos ainda atrativos de produtoras de commodities e dos grandes bancos.
Nesta quinta, o Ibovespa fechou pouco acima dos 119.000 pontos, enquanto o dólar foi negociado a R$ 4,83. Segundo especialistas dos dois mercados, a expectativa é de continuidade desse movimento no curto prazo.
Há alguns anos os resultados da Cogna (COGN3) são vistos com ceticismo por investidores, o que se reflete na queda contínua das ações a despeito de novos planos de crescimento e reestruturação da operação. Um novo teste da avaliação do mercado se dará neste pregão e nos próximos depois que o maior grupo de educação do país apresentou os números do quarto trimestre, com Ebitda recorrente acima do consenso do mercado e um crescimento de mais de 100% da geração de caixa operacional no ano, além da redução do prejuízo em quase 90% nos três meses.