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Acordo da Lufthansa com ITA Airways pode prejudicar concorrência, diz órgão regulador da UE

A Comissão Europeia disse que o acordo ameaçava a concorrência em rotas de curta e longa distância da Itália

Lufthansa: companhia aérea quer comprar uma participação de 41% na estatal ITA (AFP/AFP)

Lufthansa: companhia aérea quer comprar uma participação de 41% na estatal ITA (AFP/AFP)

Publicado em 25 de março de 2024 às 08h03.

A oferta da companhia aérea Lufthansa por uma participação minoritária na italiana ITA Airways pode prejudicar a concorrência e levar a preços mais altos, disseram os reguladores antitruste da União Europeia nesta segunda-feira, 25.

A Comissão Europeia disse que o acordo ameaçava a concorrência em rotas de curta distância entre a Itália e países da Europa Central, bem como em rotas de longa distância entre a Itália e os Estados Unidos, Canadá e Japão. Ele também fortaleceria a posição dominante da ITA no principal aeroporto de Milão.

"A eliminação da ITA como companhia aérea independente pode ter efeitos negativos na concorrência nesses mercados já concentrados", disse a Comissão em comunicado.

"As rotas que geram preocupações potenciais representam uma pequena parte do total de rotas de curta e longa distância e passageiros atendidos por ambas as partes e seus parceiros de joint venture, e as preocupações potenciais não afetam a grande maioria das rotas que a ITA opera", acrescentou.

Lufthansa e o governo italiano agora devem apresentar novas soluções até 26 de abril.

A Lufthansa quer comprar uma participação de 41% na estatal ITA por 325 milhões de euros (351 milhões de dólares) como parte de um aumento de capital.

O acordo destaca as tentativas da indústria aérea de se consolidar, com o proprietário da British Airways, IAG, buscando comprar a Air Europa da Espanha.

As soluções da Lufthansa para abordar as preocupações da UE podem ser semelhantes às de um acordo de uma companhia aérea coreana aprovado pela Comissão, que incluía a concessão de slots, direitos de tráfego e aviões a um concorrente, disse uma fonte à agência de notícias Reuters.

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