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Acordo da Latam com AA e IAG ameaça concorrência, diz regulador

Acordo entre as companhias aéreas busca ajudar a coordenar horários e preços de voos

Avião da American Airlines: opinião do regulador pode aumentar as chances de que o tribunal antimonopólio do Chile cancele o acordo (Allison Joyce/Getty Images/AFP)

Avião da American Airlines: opinião do regulador pode aumentar as chances de que o tribunal antimonopólio do Chile cancele o acordo (Allison Joyce/Getty Images/AFP)

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Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 09h16.

Santiago - O regulador chileno de concorrência FNE disse que um acordo do negócio firmado pela Latam Airlines com a American Airlines e as companhias da IAG British Airways e Iberia ameaça aumento de tarifas e qualidade menor em rotas.

A opinião, em um documento de 163 páginas elaborado pelo FNE e visto pela Reuters na terça-feira, pode aumentar as chances de que o tribunal antimonopólio do Chile (TDLC) cancele o acordo.

O acordo entre a Latam, a American e a IAG procura ajudar as companhias aéreas a coordenar horários e preços de voos, semelhante ao acordo de partilha de receitas do Atlântico Norte que já existe entre a IAG e a American Airlines.

"A presente operação cria o risco de aumentar as tarifas e diminuir a qualidade das rotas englobadas na área geográfica do acordo, já que ambas as partes atuariam como um único agente econômico, com importantes participações no mercado", disse o documento.

A Latam disse em um comunicado que o acordo beneficiaria passageiros com tarifas mais baixas, acesso a uma maior rede de destinos, melhores itinerários e conexões de vôo.

No Chile, o TDLC, um órgão judicial separado, terá a última palavra sobre se o acordo restringe ou põe em perigo a concorrência.

"A Latam está confiante de que o TDLC reconhecerá os benefícios deste acordo para o Chile", disse a companhia área com sede em Santiago.

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