Embraer: companhia afirmou que não há qualquer intenção de "driblar" alegada resistência a qualquer transação com a Boeing (Porneczi/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 08h57.
São Paulo - A Embraer afirma que uma eventual combinação de negócios com a Boeing, se e quando concretizada, deve preservar, antes de mais nada, "os interesses estratégicos da segurança nacional e respeitar incondicionalmente as restrições decorrentes da ação de classe especial ('golden share') constantes do estatuto social da empresa, de titularidade do governo brasileiro".
A declaração foi feita em resposta a uma consulta da B3 sobre notícia veiculada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, em 5 de janeiro, informando que a Boeing e Embraer estariam discutindo maneiras de driblar a resistência do governo brasileiro ao negócio e que a empresa norte-americana estaria disposta a pagar US$ 28 por ADR, conforme fontes afirmaram à agência Dow Jones.
Segundo a fabricante de aviões brasileira, não há qualquer intenção de "driblar" alegada resistência a qualquer transação com a Boeing.
No comunicado, a empresa também ressalta que sua administração tomou nota das manifestações públicas do governo brasileiro e seguirá em conformidade com elas em quaisquer futuros entendimentos.
Em relação ao valor por ADR mencionado na notícia, a Embraer esclarece que não possui neste momento elementos para manifestar-se sobre esse tema, uma vez que "nesta data não há sequer definição sobre a estrutura de uma potencial combinação de negócios".
Dado esse cenário, a empresa diz que não lhe cabe especular acerca dos critérios de avaliação adotados pela Boeing.