A Redecard, que processa as transações com cartões Mastercard e Diners, registrou lucro líquido de 343 milhões de reais no segundo trimestre, uma alta de 34,1% em relação ao mesmo período de 2008. O Ebitda (lucro antes de impostos e amotizações) atingiu 533 milhões de reais, um avanço de 31,2%. Os resultados foram considerados acima da expectativa do mercado pelas corretoras Ativa e Fator, o que motivou a valorização das ações da empresa. Às 12h41, os papéis ordinários (com direito a voto) tinham alta de 2,55%, para 28,15 reais.

A empresa já havia divulgado que espera um crescimento nas transações com cartões de crédito e de débito de 16% a 18% neste ano. A alta do volume financeiro movimento com cartões de crédito chegou a 18,4% no segundo trimestre e superou as previsões da companhia. Já o volume com cartões de débito cresceu 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quase no teto das expectativas.

Além da situação macroeconômica melhor, Medeiros disse que a empresa continuou a realizar ações para aumentar o número de estabelecimentos credenciados. A empresa tem procurado dentistas, universidades e distribuidores de alimentos e bebidas - entre outras empresas - para que elas passem a aceitar pagamentos com cartão.

A base de terminais da Redecard, no entanto, cresceu apenas 2% nos últimos 12 meses. A empresa explica que realizou nesse período a limpeza da base de clientes. Os lojistas que não usaram os terminais de pagamento (POS) em um período de 60 dias foram procurados para ver se realmente necessitam dos aparelhos. A Redecard obtém uma receita com o aluguel do POS mesmo que o lojista não use o aparelho nenhuma vez em um mês.

A preferência da empresa, no entanto, é repassar um POS que serve apenas de backup em uma loja para outra que vá utilizá-lo ativamente porque, dessa forma, consegue uma rentabilidade maior com o mesmo equipamento. "O percentual cobrado sobre as transações é, de longe, nossa principal fonte de receita", disse Medeiros.

A empresa também elevou a previsão de investimentos neste ano de 150 milhões para 170 milhões de reais. Até junho, 102,5 milhões de reais foram investidos. O dinheiro foi utilizado principalmente na troca de terminais de pagamento e no aumento da segurança e da rapidez da rede. Com a maior parte dos investimentos previstos para o ano já foram realizados, a Redecard decidiu distribuir 100% do lucro líquido do primeiro semestre na forma de dividendos e juros sobre o capital próprio.