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Ações da Mattel caem 6%, com mais um anúncio de "recall"

Entre Barbies e bonecos do Batman, empresa terá que substituir 9 milhões de brinquedos nos Estados Unidos, por causa de risco à saúde das crianças

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 12h37.

A maior fabricante americana de brinquedos, a Mattel, observou suas ações despencarem até 6%, nesta terça-feira (14/09), após anunciar o segundo "recall" de produtos da empresa, em menos de um mês.</p>

Como informa o jornal britânico Financial Times, mais de 9 milhões de brinquedos precisarão ser substituídos nos Estados Unidos, entre eles bonecas das linhas Barbie e Polly Pocket, além de bonecos do Batman, do Doggie Day Care e de um dos personagens do desenho Cars.

A causa do recolhimento desse itens, todos fabricados na China, é que eles apresentam dois fatores potencialmente perigosos a saúde das crianças: o mais grave é a presença de ímãs pequenos, mas potentes, que uma vez retirados, podem ser engolidos e provocar danos ao aparelho digestivo. O outro risco é o nível excessivo de chumbo na tinta que recobre as peças. A substância pode provocar danos cerebrais, entre outros distúrbios.

O problema que originou essa segunda chamada da Mattel começou a partir dos relatos de três casos de crianças que precisaram passar por cirurgias, depois de engolirem os ímãs de seus brinquedos. Os médicos explicam que, quando engolidos em pares, os ímãs podem atrair um ao outro, dentro do corpo da criança, e, ao se "puxarem", perfurar órgãos como o intestino.

No começo de agosto, a Mattel já havia convocado um primeiro "recall" por causa de produtos chineses vendidos pela Fisher´s Price, companhia ligada ao grupo. O vilão, nessa chamada, já havia sido a quantidade de chumbo presente na pintura de 1,5 milhão de brinquedos populares entre as crianças em idade pré-escolar, como os personagens da Vila Sésamo e Dora, a Exploradora.

Essa primeira fase de substituição acabou ganhando as páginas da imprensa não apenas pelo volume de peças envolvidas, mas também pelo suicídio de um dos diretores da empresa que fabrica os brinquedos, a Lida Toy, após jornais do mundo inteiro noticiarem a necessidade de troca dos produtos.

A Mattel, porém, tem investido em reverter os possíveis danos à sua imagem. A empresa publicou um anúncio de página inteira em três dos mais influentes periódicos dos Estados Unidos - New York Times, USA Today e Wall Street Journal - com uma carta do presidente da companhia, Robert Eckert, aos pais dos consumidores de seus produtos. Ele pede desculpas a todos os atingidos pelos riscos à saúde das crianças e afirma que a marca continuará "vigilante e rigorosa no controle de qualidade e segurança" dos itens por eles vendidos.

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