Fábrica da AstraZeneca na França: falta de doses da farmacêutica levou a embates com a União Europeia (Pascal Rossignol/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 12 de maio de 2021 às 10h27.
A AstraZeneca sofreu uma rebelião de acionistas por conta de propostas para pagar ao presidente-executivo, Pascal Soriot, prêmios de bônus maiores pelo segundo ano consecutivo.
Quase 40% dos acionistas votaram contra a iniciativa, que poderia render a Soriot quase 18 milhões de libras (mais de R$ 132 milhões, pelo câmbio atual), entre pagamentos e benefícios, neste ano.
Na reunião anual da empresa, em Cambridge, a farmacêutica anglo-sueca conseguiu obter a aprovação para sua política de remuneração, que exigia o apoio dos acionistas detentores de mais de 50% das ações da empresa, mas os investidores que possuíam 39,8% das ações se opuseram.
Grupos de consultoria de acionistas e gestores de fundos de grande nome, incluindo Aviva Investors e Standard Life Aberdeen, orientaram a decisão de votar contra o pagamento. A Associação de Investimentos do Reino Unido também emitiu um alerta “ambar top”, o segundo mais severo em um sistema sobre governança corporativa.
Trabalhando com a Oxford University, a AstraZeneca foi uma das primeiras a desenvolver uma vacina contra a Covid-19, que está sendo vendida a preço de custo.