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Acionista da Portugal Telecom confirma conversa com Oi

Lisboa - O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, admitiu ontem que a Portugal Telecom (PT) e a administração da brasileira Oi estão mantendo contato. Questionado se estão sendo realizadas negociações para a entrada da PT no capital da Oi, ele desconversou. "Sobre isso não posso falar. Há conversas, há contatos, mas há […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Lisboa - O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, admitiu ontem que a Portugal Telecom (PT) e a administração da brasileira Oi estão mantendo contato. Questionado se estão sendo realizadas negociações para a entrada da PT no capital da Oi, ele desconversou. "Sobre isso não posso falar. Há conversas, há contatos, mas há outras oportunidades no Brasil", disse. Atualmente com 7,99% das ações da PT, o BES é o maior acionista da empresa - após a Telefónica ter vendido a maior parte de suas ações.

A afirmação foi feita apesar de tanto a PT quanto a Oi terem publicado comunicados ao mercado dizendo que não havia nem acordo nem pré-acordo para a venda da participação da empresa brasileira à portuguesa. As declarações do presidente do BES foram dadas num café da manhã organizado pelo "Jornal de Negócios", de Portugal.

O caminho, na opinião de Salgado, não é sair do mercado brasileiro. "A PT tem toda oportunidade de, com o valor oferecido pela Telefónica, voltar a crescer no Brasil, em parceria com brasileiros. E até ir para a África com os brasileiros. É interesse que as negociações recomecem, é melhor do que ir para tribunal. Não tenho dúvida de que os acionistas da Telefónica e da PT acham isso. Podemos perder muito tempo com isso e oportunidades no Brasil", acrescentou.

Processo
Salgado considerou que a Telefónica, que fez uma oferta de 7,15 bilhões de euros pela participação da PT na joint venture (associação) Brasilcel, que controla 60% da Vivo, só perde ao entrar com processo na Justiça contra a PT, como anunciado nos últimos dias. "A Telefónica está indo para uma área perigosa, que é de agravar o litígio nos tribunais. Mas não é a melhor solução. É preciso acrescentar valor. Se pensarem nisso, eles têm de sentar à mesa."
 
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