São Paulo - A farmacêutica Aché acaba de comprar o laboratório gaúcho Tiaraju, voltado à produção de medicamentos fitoterápicos.
O valor da aquisição não foi divulgado. A empresa afirmou apenas que o montante está dentro dos investimentos previstos para 2016, que devem totalizar 160 milhões de reais.
Com a operação, ela passa a deter as marcas de 12 novos remédios.
"Isso possibilitará ao laboratório buscar a liderança neste segmento, por meio de lançamentos de produtos diferenciados que completarão nosso portfólio inovador, que é reconhecido por médicos e pela população", disse Paulo Nigro, presidente da companhia, em nota.
"Nossa equipe está totalmente focada em colocar a serviço do Aché nossa expertise em mais de 25 anos no segmento, desenvolvendo produtos inovadores e de alta qualidade”, completou Antonio Rigon, fundador do Laboratório Tiaraju.
De acordo com dados fornecidos pela Aché, o mercado de produção de medicamentos à base de plantas movimentou 1,1 bilhão de reais no Brasil em 2015.
Com a compra, a empresa também deve lançar oito novos nutracêuticos, compostos de nutrientes que agem como remédios, até o ano que vem. A estratégia vai possibilitar que ela dobre o faturamento nesse nicho, ampliando sua participação em um mercado de 1,3 bilhão de reais.
Além disso, o investimento no Tiaraju vai possibilitar a entrada da Aché no segmento de nutricosméticos que, segundo ela, movimenta 360 milhões de reais no país.
"Lançaremos, a partir do início de 2017, uma linha completa de nutricosméticos, trazendo produtos com formulações inovadoras", disse Nigro.
Histórico
A Aché começou a fazer pesquisas com plantas em 1980. Em 2005, lançou o Acheflan, primeiro fitomedicamento 100% desenvolvido no país, de acordo com a farmacêutica.
Ela entrou no setor de nutracêuticos em 2011, quando firmou parceria com a inglesa Oxford Pharmascience para trazer suplementos alimentares ao país. Hoje, estão em seu portfólio os rótulos Inellare, Cativa, Collestra e Dose D, por exemplo.
A companhia brasileira trem quatro complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Londrina (PR) e Anápolis (GO). Ela possui quase 4.500 colaboradores e fabrica 316 marcas de 762 tipos de remédio.
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1. Negócios bilionários
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1/21 (Ales Cerin/SXC)
São Paulo – O ano está apenas no meio, mas diversos acordos importantes já foram fechados. Da
aquisição bilionária da LinkedIn pela Microsoft à compra da rede Ale pelo grupo Ultra, no Brasil, o mundo dos negócios está vendo consolidações em diversos setores. As fusões e aquisições
devem crescer ainda mais em 2016. Os números crescerão 33% no mundo, segundo pesquisa da
International Business Report. Veja nas imagens quais foram os principais negócios fechados até junho.
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2. Estácio pela Kroton
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2/21 (Eduardo Monteiro/Exame)
A
Kroton enviou diversas propostas para a compra da
Estácio, assim como a concorrente Ser Educacional. Hoje, 1º de julho, a Estácio divulgou que aceita a oferta da Kroton. O negócio ainda não está fechado e os termos ainda estão em discussão. Além disso, depende da aprovação de acionistas e do conselho das duas empresas, além de órgãos reguladores de mercado. A informação foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, da Revista EXAME. Pela proposta, a Kroton passaria a deter toda as ações da Estácio, cujos investidores receberiam em troca 1,281 ação ordinárias da compradora, além de dividendos extraordinários no valor de R$ 170 milhões.
A Kroton e a Estácio são, respectivamente, a maior e a segunda maior empresa de educação no Brasil. Juntas, teriam quase 1,5 milhão de alunos.
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3. LinkedIn pela Microsoft
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3/21 (Andrew Harrer/Bloomberg)
A Microsoft quer estar mais presente no seu dia a dia profissional. Essa foi a principal razão para comprar o
LinkedIn por US$ 26,6 bilhões há cerca de duas semanas. O objetivo da empresa de software é integrar os dados que ela já tem sobre seus usuários, como calendário, agenda de contatos, email e documentos, com dados profissionais e as conexões entre pessoas, empresas, universidades e outras instituições do LinkedIn. Será mais fácil compartilhar apresentações, conversar com contatos do LinkedIn pelo Skype e encontrar o especialista mais adequado para um projeto. Mais de 1,2 bilhão de pessoas usam o sistema da
Microsoft no mundo e uma pessoa se inscreve na rede social profissional a cada dois segundos, que já tem 433 milhões de usuários.
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4. Siemens + Gamesa
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4/21 (Joerg Koch/Getty Images)
A Gamesa e a
Siemens fecharam um acordo para fusão de seus negócios de energia eólica e criação da maior fornecedora mundial de equipamentos eólicos. A empresa já nasceu com 69 GW instalados em todo o mundo, uma carteira de pedidos avaliada em 20 bilhões de euros, receitas de 9,3 bilhões de euros e um Ebit ajustado de 839 milhões. A gigante alemã terá 59% das ações da nova companhia, enquanto os acionistas atuais da Gamesa terão os 41% restantes.
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5. Ale pela Ultrapar
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5/21 (.)
Para fortalecer seu negócio principal, a Ipiranga, a Ultrapar
anunciou a aquisição da rede
Ale de postos de combustíveis por R$ 2,17 bilhões. A aquisição ajuda a
Ultrapar a se aproximar da BR Distribuidora, da Petrobras, que tem 19,4% do mercado. A Ipiranga tem 14,9% e a porção da Ale é de 3,1%, logo, juntas, elas teriam 18% do setor. O grupo Ultra detém também as marcas Ultragaz (gás), Oxiteno (que fabrica óxido eteno e derivados), Ultracargo (de armazenagem para granéis líquidos) e Extrafarma (rede de farmácias). O segmento de venda de combustíveis ainda é o maior e foi responsável por 86,4% das receitas obtidas em 2015.
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6. AES Sul pela CPFL Energia
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6/21 (Duda Pinto)
A CPFL Energia
comprou a distribuidora de energia
AES Sul por R$ 1,698 bilhão. A aquisição da distribuidora gaúcha foi fechada com a AES Guaíba no dia 16 de junho, tendo como garantidora The AES Corporation. A CPFL já estava interessada na região Sul do país, onde sua presença é forte, e
vê espaço para ainda mais aquisições.
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7. Ades pela Coca-Cola
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7/21 (Divulgação/Unilever)
Em parceria com a Femsa
Coca-Cola, engarrafadora mexicana, a Coca-Cola
comprou a marca de bebidas Ades, da Unilever, por US$ 575 milhões. A Ades é a principal marca de bebidas à base de soja na América Latina. No Brasil, ela chegou em 1996, oito anos depois de ter sido criada, e conta com um portfólio de cerca de 30 produtos. O faturamento da marca, que tem a liderança do mercado de sucos prontos, é estimado em R$ 500 milhões. Em 2015, ela vendeu 56,2 milhões de caixas de unidades de bebidas.
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8. Axado pelo Mercado Livre
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8/21 (Divulgação)
Para desenvolver seu segmento de logística, o
MercadoLivre adquiriu o Axado por 26 milhões de reais. A startup, que precifica, rastreia e faz a gestão de fretes para varejistas, já era parceira da empresa de comércio eletrônico há dois anos. Fundada em 2013, a unidade já entregou mais de 50 milhões de encomendas e é responsável por remeter 70% das compras feitas na plataforma do MercadoLivre. Ela vende etiquetas para despachar os pedidos em qualquer agência dos Correios (mais voltado para vendedores ocasionais) e o de coleta de produtos para envio junto a pequenos e médios comerciantes. "Juntos, vamos maximizar a presença de lojas oficiais no MercadoLivre e aprimorar nosso sistema interno de gestão de transportes", disse Leandro Bassoi, diretor da
Mercado Envios.
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9. Facimp pela DeVry
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9/21 (Thinkstock)
Em junho, a DeVry fez sua
11ª aquisição no Brasil. Ela comprou a Faculdade Imperatriz (Facimp), na cidade de mesmo nome no Maranhão, cinco meses após ter anunciado a compra do Grupo Ibmec. A Facimp tem cerca de 2 mil alunos e oferece 10 cursos de graduação. O valor do negócio não foi divulgado. A DeVry começou seu projeto de expansão pelo interior dos Estados brasileiros com a aquisição da DeVry Unifavip, em Caruaru (PE), em 2012.
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10. NeoStrata pela Johnson & Johnson
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10/21 (Cristina Arias/Getty Images)
Uma das maiores empresas de dermocosméticos do mundo, a NeoStrata,
agora é da Johnson & Johnson Consumo. A
aquisição, cujo valor não foi informado, inclui as afiliadas da NeoStrata e sua empresa controladora TriStrata, de capital fechado. Ela é conhecida por pesquisas sobre os ácidos Alfa Hidroxi, base de uma das tecnologias antienvelhecimento mais usadas em produtos de beleza no mundo.
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11. Dreamworks pela Comcast
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11/21 (Divulgação)
Shrek, Como Treinar seu Dragão e Kung Fu Panda agora farão parte do mesmo portfólio que filmes como Meu Malvado Favorito e Minions. Isso porque a Comcast, dona da NBCUniversal,
comprou o estúdio de Hollywood
DreamWorks Animation por US$ 3,8 bilhões. O objetivo é impulsionar suas ofertas direcionadas a famílias e ajudá-la a enfrentar o conglomerado de mídia Walt Disney.
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12. Do Bem pela Ambev
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12/21 (Divulgação/do bem)
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13. Santander + Hyundai
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13/21 (Bloomberg/Angel Navarrete)
Na sexta, dia 29, o Santander Brasil
formou uma joint venture com a Hyundai para a criação do Banco Hyundai Capital Brasil e uma corretora de seguros. Metade da nova empresa fica com a Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento, subsidiária do Santander, enquanto a Hyundai Capital terá 25% e a Hyundai Motor Brasil terá os 25% restantes.
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14. Elavon pela Stone
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14/21 (Daniel Acker/Bloomberg)
No Brasil desde 2013, a
Stone comprou 100% da Elavon no Brasil para ampliar sua participação no mercado de adquirência no país. As marcas vão seguir atuando de maneira separadas.
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15. BM&FBovespa + Cetip
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15/21 (Reprodução)
Após meses de negociação, a BM&FBovespa e a Cetip anunciaram uma fusão, que concentrará o mercado de renda fixa e variável no Brasil. A combinação das duas pode criar um negócio gigante, avaliado em mais de R$ 40 bilhões.
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16. Dona da Pyrex pela GP Investments
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16/21 (Thinkstock/Ingram Publishing)
Também em abril, a GP Investments comprou 28% da WKI Holding Company, controladora da fabricante de utensílios domésticos World Kitchen, dona da Pyrex. Na transação, a World Kitchen foi avaliada em US$ 566 milhões, considerando o preço de 10 dólares por ação.
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17. XP pela General Atlantic
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17/21 (Reprodução)
O General Atlantic (GA) comprou a participação do fundo inglês Actis na XP Investimentos e ampliou sua fatia no negócio para 49%. O fundo americano pagou R$ 300 milhões pelos 10% da Actis no negócio – e ainda fez um novo aporte de R$ 150 milhões na empresa.
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18. Leader pela Legion Holdings
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18/21 (Marco Antônio Teixeira/Ag. O Globo)
O BTG Pactual fechou a venda da varejista Leader por um valor simbólico, abaixo de 1.000 reais para a Legion Holdings. A nova dona irá assumir 100% da varejista, além de dívidas. O banco está tentando vender diversos ativos desde a prisão do ex-presidente André Esteves, em novembro do ano passado.
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19. Tractebel
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19/21 (Arquivo Tractebel Energia)
A Tractebel Energia comprou 50% do capital social da GD Brasil Energia Solar, por um valor em torno de R$ 24 milhões. De acordo com comunicado emitido pela compradora, o investimento é uma forma de a companhia ingressar no segmento de geração distribuída de energia fotovoltaica.
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20. Eclipse pela BRF
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20/21 (Stan Honda/AFP)
A BRF concluiu a aquisição da Eclipse Holding Cooperatief, empresa holandesa controladora da Campo Austral, um grupo de empresas que opera no mercado de suínos da Argentina. A compra faz parte do plano estratégico da BRF de globalizar a companhia, com o fortalecimento de marcas em mercados locais.
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21. Veja também:
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21/21 (David Paul Morris/Bloomberg)