ACE Summit: edição deste ano vai levar ao palco do evento empresas que se destacaram nas últimas edições do ranking EXAME Negócios em Expansão (Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 17 de junho de 2025 às 15h34.
O empreendedorismo deixou de ser uma alternativa. Hoje, é uma força que atravessa todos os setores, sacode modelos tradicionais e redefine o que significa construir negócios no século XXI. Não é mais sobre escolher se quer ou não inovar: é sobre entender que mudar, experimentar e se reinventar se tornou condição de sobrevivência.
É nesse contexto que o ACE Summit 2025 chega à sua terceira edição, reunindo, no dia 30 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, alguns dos principais nomes do ecossistema de startups, inovação e investimentos no Brasil. O encontro, organizado pela ACE Ventures, se propõe a ser um espaço de trocas, provocação e, sobretudo, construção.
“Estamos vivendo a ascensão de uma nova lógica. A ideia de estabilidade ficou no passado. Hoje, quem não aprende, não testa e não se reinventa, fica para trás. O ACE Summit é sobre isso: um espaço onde quem cria o futuro se encontra. Onde a inquietação vira negócio, e a colaboração vira impacto real”, afirma Pedro Waengertner, CEO da ACE Ventures.
A edição deste ano também vai levar ao palco do evento empresas que se destacaram nas últimas edições do ranking Negócios em Expansão, promovido pela EXAME em parceria com o BTG Pactual.
O encontro será um aquecimento para a divulgação do ranking de 2025, que acontece no dia seguinte, e vai discutir os caminhos e os desafios de quem cresce de forma consistente em um mercado cada vez mais competitivo.
A programação reflete os dilemas e as oportunidades desse novo mundo. No palco, não há apenas histórias de sucesso — há trajetórias de erro, reinvenção e resiliência. De quem teve uma ideia, testou, ajustou e, no meio do caminho, transformou não só o próprio negócio, mas todo um mercado.
É o caso de Alan Chusid, que fundou a SpinPay e levou a startup da criação à venda para o Nubank em dois anos. Ou de Shane Young, que fez da comunidade o motor de crescimento do grupo Velocity. Tem também quem questiona os próprios modelos de sucesso, como Paulo Garcia, da InfoPrice, refletindo se um exit é o fim ou apenas o começo de uma nova etapa.
O evento também abre espaço para reflexões sobre o próprio conceito de sucesso. É o que traz Paulo Garcia, da InfoPrice, ao discutir se um exit — muitas vezes visto como a linha de chegada — é, na verdade, apenas o ponto de partida para uma nova jornada empreendedora.
Histórias de construção de produto ganham voz com João Camargo, CEO da Magie, que conta os bastidores de como uma ideia virou uma solução real, escalável e relevante no mercado. E, em um mundo onde quebrar regras virou pré-requisito para se manter desejado, Emily Ewell, CEO da Pantys, e Luiza Nolasco, cofundadora da Gringa, discutem como marcas inovadoras estão ressignificando padrões, criando desejo e se posicionando além do convencional.
O olhar para o capital também se faz presente. Inove Pontes, do Bandes, e Marcel Malczewski, da Quartzo Capital, debatem como fundos soberanos e capital inteligente podem impulsionar inovação de forma estratégica e sustentável, especialmente em mercados emergentes e em transformação.
Há também espaço para conversas sobre liderança em tempos onde o conformismo parece mais confortável do que o risco. Pedro Waengertner, CEO da ACE Ventures, se junta a José Salibi Neto, especialista em gestão, e Sandro Magaldi, da plataforma MeuSucesso.com, para discutir se a ambição ainda faz sentido no mundo atual.
Entre os painéis que prometem gerar provocações diretas aos founders, está o debate sobre como a venda — muitas vezes deixada em segundo plano no mundo da tecnologia — é, na verdade, questão de sobrevivência.
No painel “Founder que não vende, quebra”, sobem ao palco Mike Ajnsztajn, cofundador da ACE Ventures; Felipe Azevedo, CEO da LG Lugar de Gente; e Marcia Monteiro, fundadora da Arquiteto de Bolso, para falar sobre tração, resiliência e o papel do founder no front comercial.
O evento é uma das iniciativas da ACE Ventures, que, desde 2012, acompanha de perto as ondas e contradições do ecossistema de startups no Brasil. Ao longo dessa jornada, foram mais de 150 investimentos, 32 exits e um impacto direto em 4 mil empreendedores.
A trajetória da ACE reflete o próprio movimento do mercado. O que começou como uma aceleradora se tornou uma holding com múltiplas frentes: dos investimentos em startups early-stage à transformação digital de grandes empresas, passando pela capacitação de líderes e pela atuação em processos de fusões e aquisições.