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Acciona faz oferta por fatia do BTG em empresa de água

O BTG Pactual está se desfazendo de ativos não bancários e dando uma pausa em novos empréstimos após a prisão de seu fundador e ex-controlador André Esteves


	Ex-CEO e ex-controlador do BTG Pactual, André Esteves: o BTG Pactual está se desfazendo de ativos não bancários
 (REUTERS/Denis Balibouse)

Ex-CEO e ex-controlador do BTG Pactual, André Esteves: o BTG Pactual está se desfazendo de ativos não bancários (REUTERS/Denis Balibouse)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 13h41.

Madri - O grupo de energia espanhol Acciona fez uma oferta pela fatia de 39 por cento do grupo BTG Pactual em uma empresa de água da Catalunha, disse uma fonte próxima à companhia espanhola nesta terça-feira, enquanto o banco de investimentos brasileiro busca vender ativos.

O BTG Pactual está se desfazendo de ativos não bancários e dando uma pausa em novos empréstimos após a prisão de seu fundador e ex-controlador André Esteves no fim de novembro.

A prisão levou a saques de clientes e dificultou o acesso do banco a financiamento. A Acciona, que já detém 39 por cento da Aigues Ter Llobregat (ATLL), fez uma oferta pela fatia de 39 por cento do BTG, disse a fonte, confirmando informações divulgadas anteriormente pelo jornal Expansion.

A fonte não detalhou quanto valeria a participação --que segundo o jornal estaria avaliada em cerca de 60 milhões de euros. A Acciona preferiu não comentar.

O restante da ATLL é detido por duas famílias catalãs. Esteves foi preso após ser acusado de obstruir as investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Em 18 de dezembro, o executivo deixou a penitenciária em que estava detido no Rio de Janeiro para cumprir prisão domiciliar.

Um grupo de companhias lideradas pela Acciona e que incluiu o BTG Pactual venceu a disputa pela concessão de um contrato de distribuição de água de 50 anos para a ATLL em 2012, mas o negócio foi contestado por um rival na licitação e a disputa ainda está nos tribunais.

A Acciona disse em documentos a reguladores espanhóis na segunda-feira que se esse contrato com a ATLL fosse revogado a companhia teria direito a uma compensação de ao menos 300 milhões de euros. (Por Jose Elias Rodriguez)

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