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Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 10h50.
São Paulo - A Abril Educação vê uma tendência de retração em volume de vendas de livros didáticos em seu negócio de editoras, que inclui Ática e Scipione.
Em reunião pública com investidores e analistas, o presidente Mario Ghio afirmou que um caminho está no aumento do tíquete médio das editoras, com ofertas de livros considerados mais "premium".
"Os livros que estamos vendendo são mais caros, a saúde do negócio virá do tíquete médio mais elevado, o que tem compensado a queda de volume", afirmou.
Ghio avaliou que a queda de volume se explica pela retração no mercado de vendas para escolas privadas, porque os livros didáticos estão sendo canibalizados pelos sistemas de ensino (apostilas), mercado em que a Abril Educação também atua.
O executivo disse ainda que a companhia decidiu otimizar o Capex das editoras priorizando investimentos em lançamentos de livros para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), de vendas para escolas públicas.
"Não vamos investir em coleções voltadas para o mercado privado, porque ele não tem volume para justificar esses investimentos", declarou.
Ghio ainda falou sobre as expectativas para vendas de livros digitais pelo PNLD. Ele afirmou que a companhia foi informada de que o governo federal, em razão de questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), vai restringir as compras de livros digitais à competência de uso, ou seja, não serão mais adquiridos materiais que não serão usados no ano da compra.
Com isso, afirmou Ghio, não haverá receita de PNLD digital em 2014 e, em 2015, a companhia ainda não tem clareza de qual será a receita. "O governo não tem clareza de como quer pagar esse PLND", disse.