Negócios

Abras:atacarejo manterá vendas estáveis em supermercados

Expectativa é que o faturamento do setor encerre 2012 com crescimento de 5%


	Carrinhos de supermercado: melhora na renda da população deve se refletir favoravelmente no faturamento dos estabelecimentos
 (Arquivo)

Carrinhos de supermercado: melhora na renda da população deve se refletir favoravelmente no faturamento dos estabelecimentos (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 16h20.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda reiterou a projeção de crescimento de 5% no faturamento dos estabelecimentos em 2012, em relação a 2011. Entretanto, não arrisca um porcentual de comportamento do volume comercializado na mesma base de comparação.

"Os resultados das vendas em faturamento no mês de outubro nos mostram que estamos consolidando a nossa projeção de encerrar o ano com um incremento de 5%. O aumento de renda da população impulsiona o avanço do indicador", disse Sussumu Honda, nesta terça-feira. Até outubro, as vendas reais, deflacionadas pelo IPCA, dos supermercados cresceram 5,18% ante o dez primeiros meses de 2011.

"Já para o volume acredito que haverá uma certa estabilidade ante o ano passado. Primeiro, porque tem muito consumidor comprando no atacarejo e o preço, que está em trajetória de alta, é um fator negativo, regula também as vendas", completou. As vendas em volume nos supermercados, conforme o Índice Nacional de Volume, pesquisado pelo instituto Nielsen para a Abras, apresentaram leve queda, de 0,2%, até outubro ante o mesmo período de 2011. Nos dez primeiros meses de 2011 o volume cresceu 2% sobre o mesmo intervalo de 2010. No ano fechado de 2011, houve aumento de 1,8%.

Para o diretor de atendimento ao varejo da Nielsen, Olegário Araújo, além do avanço do atacarejo, há também a qualificação do consumo, que pode influenciar na estabilidade das vendas para o ano em volume. "O consumidor, com uma renda mais alta, está aprimorando seu consumo e acaba comprando itens mais caros e deixando de comprar outros mais baratos, ou seja, maior preço e menos volume", ressaltou.


Segundo ele, em 2013 o comportamento das vendas em volume será parecido com o deste ano. "Não voltaremos mais a crescer volume nos supermercados no patamar histórico de 5%, 6%", disse Araújo.

Outubro

Na análise do acumulado do ano até outubro, entre os portes dos estabelecimentos, o pequeno varejo ou as lojas de vizinhança continuam liderando as vendas em volume dos supermercados. Esses estabelecimentos, que possuem de um a quatro caixas (check-outs), registraram crescimento de 1,9% no volume de vendas comparado aos dez primeiros meses de 2011. Já a categoria de lojas de cinco a nove caixas apresentaram queda de 3,1%, enquanto as de 20 caixa ou mais, recuo de 1,3%. As lojas com dez a 19 caixas tiveram alta de 1,1% no volume de vendas.

Entre os itens vendidos nos supermercados, bolo industrializado foi a categoria que apresentou maior crescimento em 2012, com 23,1%. Em seguida, as maiores altas percentuais, em termos de volume de vendas, foram: suco de frutas pronto para consumo (15,2%); água mineral (11,8%); whisky (7,8%); vinho (6,0%); leite com sabor (5,4%); amaciante de roupa (5,1%); iogurte (4,0%); chocolate (3,9%); salgadinho para aperitivos (3,6%).

Os produtos com as maiores quedas percentuais, em termos de volume de vendas, foram: sabão em barra (-10,2%); inseticida (-9,6%); açúcar (-9,1%); carnes congeladas (-4,5%); papel higiênico (-4,2%); leite condensado (-4,1%); arroz (-3,6%); fralda descartável e creme dental (-3,5%) e margarina (-3,0%).

Acompanhe tudo sobre:ComércioFaturamentoVarejo

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares