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Abilio negocia participação de bilionário no Carrefour

O empresário negocia aumentar participação no Carrefour e está negociando compra de participação de Bernard Arnault na empresa


	O empresário Abilio Diniz: tornou-se hoje no quarto maior acionista do Carrefour
 (REUTERS/Nacho Doce)

O empresário Abilio Diniz: tornou-se hoje no quarto maior acionista do Carrefour (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 21h54.

São Paulo/Paris - O empresário Abilio Diniz está negociando aumentar sua participação de 5,07 por cento no Carrefour e tem o apoio dos principais acionistas para assumir uma cadeira no Conselho de Administração da segunda maior rede de varejo do mundo, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto nesta quinta-feira.

Diniz, que nesta quinta-feira tornou-se o quarto maior acionista do Carrefour depois da família Moulin, do bilionário Bernard Arnault e da empresa de investimentos Colony Capital, poderá ser indicado para o Conselho durante uma reunião agendada para julho, disse a fonte.

O empresário, que mais cedo anunciou que sua participação no Carrefour dobrou ante os 2,4 por cento que detinha até recentemente, está negociando a compra de participação total ou parcial de Arnault no Carrefour, disse a fonte. Uma segunda fonte com conhecimento das intenções de Diniz, afirmou que o empresário quer uma vaga no Conselho do Carrefour.

A Península Participações, holding que administra os investimentos da família Diniz, negou que a existência de qualquer negociação ou intenção de compra de ações do Carrefour em poder do Grupo Arnault ou que busque um assento no Conselho do Carrefour.

Representantes de Arnault não comentaram o assunto. Esforços para contatar as outras empresas não foram bem sucedidos.

A família Moulin, controladora da rede de lojas de departamento Galeries Lafayette, é a maior acionista do Carrefour, com participação de 9,5 por cento. O Grupo Arnault e a Colony têm cada um fatia de cerca de 7 por cento.

Para financiar a compra das ações adicionais do Carrefour, Diniz está considerando a venda de ativos da Península, como um grande portfólio de imóveis comerciais e mesmo a participação na empresa de alimentos BRF, disse a primeira fonte.

Em comunicado à Reuters, a Península afirmou que "nega ter interesse em vender as ações da BRF".

Outras alternativas incluem levantar capital junto a um grupo de investidores incluindo fundos soberanos e family offices no Brasil, disse a fonte, evitando comentar o nome de qualquer potencial investidor.

Em dezembro passado, Diniz comprou uma participação de 10 por cento na unidade brasileira do Carrefour acertando uma opção para elevar esse percentual para até 16 por cento ao longo de cinco anos.

Este investimento foi considerado como um primeiro passo rumo a uma possível abertura de capital em bolsa do Carrefour no Brasil, diante do interesse do maior varejista da Europa em levantar capital para acelerar seu crescimento na França.

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