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AB InBev cresce três vezes mais no Brasil que no resto do mundo

Volume de venda de cervejas no país, no terceiro trimestre, aumentou 12,5%

Linha de produção da AmBev: Brasil é destaque nas vendas da AB InBev (JUCA VARELLA)

Linha de produção da AmBev: Brasil é destaque nas vendas da AB InBev (JUCA VARELLA)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 12h04.

São Paulo - Embora seja a maior cervejaria do mundo, com fábricas em 23 países e mais de 116.000 empregados, a AB InBev ainda está fortemente ligada à sua origem brasileira. No terceiro trimestre, o volume físico de vendas de cerveja cresceu 12,5% no país. O desempenho é mais que o triplo dos 4,1% que a AB InBev registrou globalmente no mesmo período.

A companhia, que divulgou seus resultados nesta quarta-feira (03/11), atribui o desempenho do país à “robusta economia brasileira”. A cervejaria também lembrou que os números mostram os resultados dos novos produtos lançados nos últimos anos. “As inovações respondem por mais de 10% do mercado brasileiro de cerveja”, afirmou a empresa, em relatório que acompanhou as demonstrações financeiras.

O peso brasileiro para os negócios da companhia também foi sentido no mercado de soft drinks, composto por bebidas não-alcoólicas, como refrigerantes e sucos. Enquanto as vendas globais da AB InBev neste segmento avançaram 5,9% entre julho e setembro, no Brasil, essa taxa foi de 10,4%.

Resultados

A AB InBev encerrou setembro com um lucro líquido ajustado 1,860 bilhão de dólares. A cifra praticamente empatou com os 1,844 bilhão reportados no terceiro trimestre de 2009. Ao detalhar os ganhos, a empresa informou que o lucro líquido ajustado, atribuível aos acionistas controladores, somou 1,489 bilhão de dólares, ante 1,132 bilhão no mesmo período do ano passado.


A receita líquida subiu 5,4%, de 8,808 bilhões de dólares (base de referência) para 9,323 bilhões. A região da América Latina Norte (onde o Brasil é enquadrado, junto com Venezuela e alguns países centro-americanos) liderou o aumento das receitas, com taxa de 18,1% e total de 2,315 bilhões de dólares.

Sinal de que os países desenvolvidos ainda se encontram em crise, a receita nessas regiões declinou. O faturamento na América do Norte recuou 0,1%, para 4,076 bilhões de dólares. Já na Europa Ocidental, a queda foi ainda maior: 5,5%. Com isso, a região contribuiu com um faturamento de 999 milhões de dólares.

A fusão da InBev com a americana Anheuser-Busch continua gerando ganhos de sinergia para o grupo. No terceiro trimestre, as sinergias somaram 140 milhões de dólares, acumulando 450 milhões entre janeiro e setembro. Desde que a fusão foi anunciada, as sinergias já somam 1,810 bilhão de dólares.

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