Budweiser: principal marca da AB Inbev nos EUA cai em vendas (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo – A cervejaria belgo-brasileira Anheuser Bush InBev (AB InBev, que, no Brasil, controla a Ambev) registrou resultados díspares nos Estados Unidos nas últimas semanas. As vendas de suas marcas produzidas no país caíram mais do que a média de mercado. Já as marcas que o grupo importa de outras partes do mundo cresceram.
Segundo um relatório do banco britânico Barclays Capital, baseado em dados da consultoria Nielsen, o mercado geral de cervejas dos Estados Unidos registrou queda nas últimas quatro semanas encerradas em 15 de maio. De acordo com o analista David Belaunde, que assina o relatório do Barclays, datas comemorativas no mês podem ter colaborado para as quedas, como os preparativos para o Memorial Day. Trata-se de uma homenagem dos americanos aos militares que morreram em serviço, e é realizada sempre na última segunda-feira de maio – neste ano, será no dia 31.
As vendas de cervejas nacionais nos Estados Unidos caíram 1,0% em dólares, e 3,2% em volume. A queda da AB InBev ficou acima da média. O grupo apresentou recuo de 2,8% na venda em dólares, e de 4,1% em volume. A Budweiser, cuja aquisição pelo grupo não foi bem vista pelos americanos, sofreu quedas ainda maiores – de 6,6% em dólares e 7,0% em volume.
As cervejas do grupo Miller Coors também recuaram 2,9% na venda em dólares, e 4,8% em volume. Os outros grupos citados na pesquisa tiveram resultados positivos. A Boston Beer registrou 10,5% de aumento nas vendas em dólar, e 10,2% nas vendas em volume. A DG Yuengling Son viu suas vendas em dólares aumentarem 12,7% e, em volume 9,3%. O maior crescimento entre os grupos foi da Sierra Nevada Brewing, de 16,9% nas vendas em dólares e 18,0% nas vendas em volume.
Importadas
A venda das cervejas importadas nos EUA também caiu no período observado pela Nielsen. A diminuição foi de 2,0% em dólares, e 0,8% em volume. Mas, nesse cenário, a AB InBev se saiu melhor. A cervejaria apresentou crescimento de 3,2% na venda em dólares, e de 4,3% em volume. A marca que registrou maiores altas para o grupo foi a Hoegaarden White, com aumento de 18,5% nas vendas em dólares, e 17,3% em volume.
Já a Heineken viu suas vendas em dólares diminuírem 0,9%, mas, em volume, elas aumentaram 1,6%. A Crown Imports (responsável pela Corona), por sua vez, teve quedas de 3,1% nas vendas em dólares e 1,1% em volume.