(Deel/divulgação)
Redatora
Publicado em 18 de julho de 2025 às 11h50.
Última atualização em 21 de julho de 2025 às 09h41.
Em 2019, dois fundadores enxergaram no mercado global uma dificuldade de contratar talentos em outros países de forma legal, rápida e segura. Na época, lidar com folhas de pagamento internacionais, impostos e contratos locais era um pesadelo jurídico e operacional para startups e empresas em crescimento.
De olho nisso, nasceu a Deel, uma empresa cuja proposta é criar uma plataforma que resolvesse todos esses entraves por meio de contratos padronizados, tecnologia própria e uma rede legal presente em mais de 150 países.
A empresa passou a funcionar como uma espécie de ponte entre empresas e talentos remotos, cuidando de tudo – da folha de pagamento aos impostos, do compliance aos benefícios.
Segundo a Forbes, em 2020, com apenas um ano de operação, a Deel já registrava US$ 4 milhões em receita. Mas o cenário mudaria com a aceleração do trabalho remoto causada pela pandemia.
Empresas no mundo inteiro começaram a contratar profissionais fora de seus países de origem e a Deel virou peça-chave nesse processo. Sem abrir mão de uma operação enxuta e com foco em reinvestimento, a startup atraiu clientes como Shopify, Coinbase e Notion.
Em pouco tempo, passou a processar pagamentos internacionais para milhares de empresas, oferecendo também benefícios e estrutura jurídica completa para cada país.
Segundo o TechCrunch, a Deel atingiu US$ 100 milhões em receita anual em apenas dois anos e saltou para US$ 1 bilhão em 2025 – a empresa cresceu 200 vezes em um período de cinco anos.
Ao mesmo tempo, captou mais de US$ 600 milhões em rodadas com fundos e realizou uma venda secundária de US$ 300 milhões que aumentou a liquidez para seus primeiros investidores.
A empresa optou por manter o foco na eficiência operacional. Enquanto outras startups cresciam com altos gastos e estruturas infladas, a Deel manteve uma abordagem: investir apenas no essencial, manter o produto escalável e usar os próprios dados para guiar decisões de crescimento.
Além do time reduzido e altamente técnico, eles expandiram por meio de aquisições estratégicas, como a compra da PayGroup, na Austrália, e do fortalecimento da própria infraestrutura legal e financeira em mercados emergentes.
Hoje, a Deel é usada por empresas em mais de 150 países, tornando-se referência global como Empregador de Registro (EOR) e folha de pagamento internacional.
Seu modelo provou que é possível escalar rápido sem abrir mão da solidez financeira e que a combinação entre automação, foco e disciplina pode ser mais valiosa do que campanhas de marketing.
A Deel mostra que crescer com consistência, mantendo o controle do negócio e reinvestindo com inteligência, é uma fórmula poderosa mesmo no setor acelerado da tecnologia.
Dominar finanças corporativas é o diferencial de quem quer escalar com solidez. Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.