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A multiplicação da dívida da Petrobras no Governo Dilma

De acordo com Economática, endividamento bruto total da estatal deve chegar a 526,8 bilhões de reais em setembro

Plataforma P-36 afunda no litoral do Rio (Divulgação)

Plataforma P-36 afunda no litoral do Rio (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 17h37.

São Paulo – Desde que a presidenta Dilma Rousseff assumiu a Presidência do país, em 2011, a dívida da Petrobras quase quintuplicou de tamanho.

A informação é do levantamento feito pela Economática, provedora de informações financeiras, com exclusividade para EXAME.com.

De acordo com os dados, a dívida total bruta da maior companhia do Brasil subiu de 117,9 bilhões de reais, em janeiro de 2011, para 415,6 bilhões de reais, até junho deste ano.

Se levado em conta o ritmo médio com que a dívida vem crescendo desde o primeiro mandato do governo, o valor deve ser ainda maior em setembro - 526,8 bilhões de reais no total.

Durante o período, o endividamento da estatal em Reais saltou de 62,2 bilhões de reais para 344,6 bilhões de reais em junho. A projeção é de um crescimento de 455,8 bilhões de reais.

Em moeda estrangeira, a dívida subiu de 37,3 bilhões de dólares para 111,1 bilhões de dólares em junho – número que deve seguir estável até setembro.

Os cálculos foram feitos com a cotação do dólar de ontem, dia 23, de 4,1041 reais.

Entre as empresas brasileiras de capital aberto, a Petrobras foi a que mais perdeu valor de mercado durante o Governo Dilma.

No início do primeiro mandato da presidenta, a estatal valia 380,24 bilhões de reais na bolsa, valor que despencou para 99,7 bilhões de reais no dia 23 de setembro.

O escândalo da Lava-Jato, aliada a falhas de gestão e queda de preço do petróleo, levaram a empresa a uma desvalorização maior do que a OGX (atual OGpar), petroleira de Eike Batista.

A confira a seguir o gráfico do levantamento da Economática.

(Economática/Divulgação)

 

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