DISNEY XANGAI: novo empreendimento do conglomerado deve levar tempo até trazer resultados mais robustos / Visual China/Getty Images
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2016 às 21h54.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.
O conglomerado de mídia e entretenimento Disney é um fenômeno em agradar seus clientes e seus investidores. Nos últimos cinco anos, a companhia cravou as estimativas de resultados em todos os trimestres, com exceção de dois – um deles foi justamente o último. Por isso, hoje, a companhia espera recuperar a fé nos investidores ao divulgar o balanço do terceiro trimestre fiscal. Analistas de mercado esperam um aumento de 9% no faturamento em 2015, para 14,1 bilhões de dólares.
Seria a continuação de uma era de ouro para a empresa de Mickey Mouse. No segmento dos estúdios de filmes e animação, por exemplo, Procurando Dori e Capitão América: Guerra Civil juntos tiveram um faturamento de quase 1 bilhão de dólares só nos Estados Unidos. No segmento de parques e resorts, a Disney inaugurou em junho sua primeira unidade na China, em Xangai, a um custo de 5,5 bilhões de dólares.
Mas sobram preocupações para os próximos trimestres. Xangai não deve começar a dar retorno tão cedo. Em seus dois maiores mercados, a Flórida e a Califórnia, o aumento dos casos do vírus Zika pode derrubar o número de visitantes. No canal esportivo ESPN, menina dos olhos da empresa até pouco tempo, sobram desafios bem em meio aos Jogos Olímpicos. O número de assinantes é o menor desde 2006, o que levou a empresa a preparar um novo formato de distribuição, fora dos serviços de cabo.
Mesmo com todas as previsões acertadas nos últimos 20 trimestres, as ações da companhia caíram 12% em 12 meses. Hoje, junto com a divulgação dos resultados, analistas e investidores estarão atentos para ouvir os executivos da empresa. Todos querem continuar se encantando com o império do entretenimento. Mas precisam de motivos.