CAFÉ DA KELLOGG`S:a Parati, adquirida pela rede americana, tem faturamento de cerca de R$ 600 mi e instalações industriais em Santa Catarina, foi fundada há 40 anos / Brendan McDermid/ Reuters
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2016 às 17h40.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h06.
Primeiro foi a fabricante de iogurtes gregos Chobani que, em 2012, abriu uma boutique no badalado bairro nova-iorquino do Soho. Depois, em janeiro, a fabricante de bebidas Pepsi anunciou que vai abrir um restaurante refinado, o Kola House, onde todo o cardápio terá por base a frutinha usada nos refrigerantes. Unidades do Kola House também serão montadas em eventos como o festival de música Lollapalooza.
Agora, é a vez da Kellogg’s, maior fabricante de cereais do mundo, abrir uma loja conceito em Nova York. Os clientes poderão provar itens como Korn Flakes com raspas de limão, a 7,50 dólares, ou sundae de Sucrilhos a 9,50. Tudo acompanhado por uma seleção de cafés especiais num ambiente clean e moderninho.
O plano não é criar um negócio bilionário, mas sim reavivar uma indústria em queda livre. As vendas de cereais caíram de 14 bilhões de dólares, em 2000, para abaixo dos 10 bilhões. E a Kellogg`s, com 110 anos de história, quer reconquistar os formadores de opinião. O plano da Pepsi é exatamente o mesmo – usar o espaço como uma ferramenta de marketing capaz de impulsionar a empresa para um bom momento que ficou no passado.
Para todas elas, a fonte primária de inspiração é a Apple, que revolucionou a ideia de que lojas existem só para vender produtos. A marca de confeitos M&M também tem uma rede de lojas pra lá de bem sucedida. Especialistas de marketing dizem que a ideia da Kellogg`s pode até dar certo. Em qualquer outro lugar dos Estados Unidos, convencer consumidores a pagar caro por uma tigela de cereal que poderiam fazer em casa seria uma tarefa inglória. Mas, em Nova York, tudo é possível.