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A kombucha de bilhão: gigante americano compra marca de bebidas saudáveis por R$ 2,6 bi

Empresa de chá fermentado tem produtos distribuídos em milhares de pontos de venda físicos e online

Marca de kombucha Health-Ade é vendida por US$ 500 milhões nos EUA (Joy of Kosher/Reprodução)

Marca de kombucha Health-Ade é vendida por US$ 500 milhões nos EUA (Joy of Kosher/Reprodução)

Publicado em 23 de julho de 2025 às 18h02.

Última atualização em 23 de julho de 2025 às 18h21.

A empresa Health-Ade, fabricante de bebidas fermentadas à base de chá como a kombucha —, foi vendida por US$ 500 milhões para a Generous Brands, de propriedade da gestora de investimentos Butterfly Equity.

O acordo foi confirmado na última terça-feira, 22, e inclui a manutenção de participações minoritárias pelos atuais investidores da Health-Ade, First Bev e Manna Tree Partners.

Fundada em 2012, a Health-Ade comercializa diversos sabores do produto, incluindo bebidas gaseificadas, atualmente distribuídos em milhares de pontos de venda físicos e digitais nos Estados Unidos.

A Generous Brands já possui outras marcas voltadas para o setor de alimentos e bebidas com apelo saudável, como os sucos e vitaminas de açaí da Sambazon, a linha de sucos Evolution Fresh e a Bolthouse Farms, especializada em bebidas funcionais.

A era da saúde

A First Bev e a Manna Tree tornaram-se acionistas da Health-Ade em 2021. Esta é a terceira saída da Manna Tree em investimentos no setor de produtos direcionados ao bem-estar. A empresa foi cofundada por Ellie Rubenstein, filha de David Rubenstein, cofundador do Carlyle Group.

A movimentação ocorre em um contexto de maior interesse de grandes empresas alimentícias por marcas com foco em saúde. Em março, por exemplo, a PepsiCo anunciou a compra da Poppi — fabricante de refrigerantes prebióticos — por quase US$ 2 bilhões.

As bebidas kombucha, kefir e os refrigerantes prebióticos fazem parte de um segmento que promete benefícios para a saúde digestiva. Enquanto os prebióticos contêm fibras que alimentam bactérias já existentes no organismo, os probióticos introduzem novos microrganismos no intestino.

O setor também tem sido afetado pelo crescimento de movimentos que criticam alimentos ultraprocessados, como o Make America Healthy Again, liderado pelo secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr.

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