Loja da Renner em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro: a marca lançou as primeiras lojas do varejo brasileiro projetadas com base nos princípios de economia circular (Lojas Renner S.A./Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 09h30.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2023 às 11h06.
A Lojas Renner vem protagonizando uma série de avanços em prol de uma moda mais justa, ética e sustentável. Tem uma operação carbono neutro desde 2016; utiliza em suas coleções algodão responsável — como materiais orgânicos, agroecológicos ou reciclados —; adota fontes de energia renováveis; e tem 100% da cadeia de fornecedores de produtos da marca Renner com certificação socioambiental.
Mas se engana quem pensa que o trabalho da companhia, considerada a maior varejista de moda omni do Brasil, é recente. Em 2008, por exemplo, a Lojas Renner criou um comitê específico sobre sustentabilidade junto com seu conselho de administração e, no mesmo ano, fundou o Instituto Lojas Renner, pilar social da companhia.
Agora, em 2023, a companhia comemora uma década da criação de sua área de Sustentabilidade. Ou seja, a preocupação em estabelecer uma agenda ESG existia antes mesmo de a sigla se tornar conhecida.
Na prática, essa estrutura foi responsável, ao longo dos últimos dez anos, pela implantação de projetos e processos divididos em dois ciclos de compromissos públicos de sustentabilidade: o primeiro, de 2018 a 2021, e o segundo, de 2022 a 2030.
“A criação da nossa área de Sustentabilidade, em 2013, quando ainda pouco se falava sobre o assunto no setor, impulsionou a evolução da Lojas Renner de maneira sólida e consistente, sempre em parceria com diferentes elos da cadeia produtiva, buscando o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços mais sustentáveis”, comenta a diretora de Gente e Sustentabilidade da empresa, Regina Durante. “Essa trajetória criou oportunidades contínuas de geração de valor para a companhia e para toda a sociedade.”
O pioneirismo da Lojas Renner no setor de moda brasileiro trouxe resultados. Desde 2016, 100% dos gases de efeito estufa emitidos pelas operações da companhia são compensados, por meio do investimento na restauração de 186.000 hectares de florestas.
Em 2018, a marca Renner lançou o selo Re – Moda Responsável, que identifica para os clientes os produtos feitos com atributos de sustentabilidade, como o uso de matérias-primas menos impactantes (a exemplo do fio reciclado) e a adoção de processos como o menor consumo de água na fabricação das peças.
Além disso, com o programa de logística reversa EcoEstilo, criado em 2011, a varejista coleta e dá destinação correta a mais de 50 toneladas de frascos de perfumaria e roupas em desuso por ano.
Mais recentemente, em 2021, a Renner foi novamente pioneira ao inaugurar, de forma inédita no varejo brasileiro, uma loja que segue o conceito de circularidade. Localizada no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, a nova loja foi projetada considerando a melhor escolha para o uso de recursos, como a reutilização e o descarte adequado de materiais no fim da vida útil e a menor geração de resíduos, de emissões de gases de efeito estufa e do consumo de água e energia, além da manutenção de espaços verdes com plantas e elementos naturais.
A marca já conta com quatro lojas desse tipo, e os atributos desse novo conceito serão aplicados a todas as suas novas unidades a partir de agora.
Para 2030, os objetivos do novo ciclo de compromissos, apresentados em 2022, desdobram-se em três pilares:
O objetivo é fazer a transição para a descarbonização dos negócios da Lojas Renner S.A. com métricas baseadas na ciência, para criar as condições de levá-la à neutralidade climática (net zero) em 2050.
Além disso, a varejista quer que 100% das roupas de suas marcas próprias sejam mais sustentáveis e se compromete a incorporar os princípios da circularidade no desenvolvimento de todos os seus produtos, matérias-primas e serviços.
A companhia pretende que os fornecedores de todas as suas marcas tenham certificação socioambiental e prevê a implantação de sistemas de rastreabilidade em 100% dos produtos de algodão.
Alinhadas a essa meta, em 2022 e 2023 já foram lançadas as primeiras coleções de jeans femininos rastreados com tecnologia blockchain, em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O objetivo, aqui, é garantir oportunidades de pleno desenvolvimento pessoal e profissional a todos os colaboradores.
Para isso, foi estabelecido que até 2030 pelo menos 50% dos cargos de liderança deverão ser ocupados por pessoas negras, 18 pontos percentuais a mais do que a participação atual, e que no mínimo 55% da alta liderança deverá ser formada por mulheres, ou 6 pontos percentuais a mais do que o cenário observado atualmente.
Com a maior pontuação entre todas as varejistas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3), do qual faz parte há nove anos, a Lojas Renner S.A. é a prova de que o caminho que começou a trilhar há dez anos vem rendendo bons frutos.
Primeiro lugar entre as varejistas de moda do Dow Jones Sustainability Index (DJSI), que integra há oito anos, a empresa foi uma das poucas companhias brasileiras convidadas para participar, em 2022, da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, onde apresentou sua trajetória e suas iniciativas para implementar as melhores práticas de sustentabilidade em seu ecossistema de moda e lifestyle.
“Estar na COP27 foi um marco que nos permitiu acelerar aprendizados e realizar conexões para seguir contribuindo com a transformação do setor de moda no Brasil. Sabemos que temos um papel importante para engajar a cadeia produtiva e fornecer alternativas de consumo cada vez mais conscientes ao consumidor”, afirma Eduardo Ferlauto, gerente-geral de sustentabilidade da empresa.