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A inovação tem vida curta

Pesquisa mostra que da década de 70 para cá, as inovações permanecem cada vez menos tempo sozinhas no mercado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h28.

Em um estudo realizado entre março e novembro de 2004, a E-Consulting analisou as principais inovações lançadas nos últimos 35 anos em sete setores financeiro, telecomunicações, tecnologia, indústria de base e infra-estrutura, indústria de bens de consumo, varejo e serviços. A conclusão é que o monopólio temporário obtido por uma empresa ao laçar um produto inovador vem diminuindo década a década. Esse período é tanto mais curto quanto menor for a complexidade da inovação.

No caso de uma inovação disruptiva, aquela em que o produto é lançado a partir de uma tecnologia completamente nova, como o Viagra, por exemplo, a concorrência demora mais tempo para oferecer um produto com características parecidas. As inovações incrementais, como a adição de sabores a refrigerantes, por exemplo, são copiadas mais rapidamente.
Confira a aceleração do tempo das cópias nos quadros abaixo:

Inovações disruptivas
SegmentoTempo médio de cópia (em meses)
Anos 70
Anos 80
Anos 90
Anos 2000
Financeiro
26
18
13
8
Telecomunicações
37
28
16
9
Tecnologia
40
31
18
13
Indústria de base / pesada / infra-estrutura
39
33
28
19
Indústria de bens de consumo
33
28
20
17
Varejo
21
18
15
8
Serviços
25
19
16
12
Fonte: E-Consulting

Inovações incrementais
Segmento Tempo médio de cópia (em meses)
Anos 70
Anos 80
Anos 90
Anos 2000
Financeiro
17
15
9
6
Telecomunicações
24
16
9 1
6
Tecnologia
26
18
3
4
Indústria de base / pesada / infra-estrutura
30
23
18
12
Indústria de bens de consumo
21
18
14
12
Varejo
18
15
12
7
Serviços
19
16
9
5
Fonte: E-Consulting
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