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A Ikea aposta num mau negócio na França: espionagem

Varejista sueca é acusada de ter gravações de empregados e lista de clientes com reclamações

Ikea: quartel-general da empresa na França já foi palco de ação da polícia (Reprodução/Youtube)

Ikea: quartel-general da empresa na França já foi palco de ação da polícia (Reprodução/Youtube)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 14h13.

São Paulo - A Ikea, maior varejista de móveis do mundo, está na mira da justiça francesa. Tudo por conta de denúncias de espionagem de funcionários e clientes por parte da companhia sueca no país. Além da empresa, três executivos estão sendo investigados.

De acordo com o Financial Times, a Ikea teria acessado ilegalmente gravações de funcionários feitas pela polícia. Além disso, a companhia é acusada de ter coletado dados de consumidores que reclamaram de problemas com suas compras na França.

"A investigação formal é a última reviravolta de uma saga que começou em março do ano passado, quando a polícia invadiu o quartel-general francês da Ikea", afirma o jornal inglês.

Escutas ilegais

Em 2012, dois sindicatos franceses denunciaram a Ikea por escutas ilegais - detonando a ação policial. À época, a companhia realizou por conta própria uma investigação - que terminou com a saída de quatro funcionários e a constatação de que a operação na França havia registrado comportamentos em desacordo com as regras e cultura da empresa.

Em nota divulgada ontem, a Ikea reforçou que irá cooperar com as investigações. "A Ikea vai continuar a prestar o seu apoio total à verdade no âmbito da investigação judicial", afirmou o Roberto Monti, diretor de operações da companhia para o sul da Europa.

Apesar de tudo, a Ikea tem uma operação forte na França - com cerca de 30 lojas e aproximadamente 9300 empregados. Até 2016, a meta da empresa é abrir 1200 vagas de trabalho e seis novas unidades- num investimento total de 600 milhões de euro. Nos planos de expansão da empresa, consta também outro país: o Brasil.

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