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A fintech de R$ 1 bilhão que ajuda qualquer pessoa com R$ 500 a investir

A Inco já ajudou investidores brasileiros a ter participação indireta nas maiores empresas de tecnologia do mundo, como SpaceX e OpenAI, sem precisar de altos valores iniciais

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 23 de agosto de 2025 às 06h45.

Hoje, o mercado de investimentos oferece uma infinidade de opções, mas, para a maioria dos brasileiros, o acesso a essas oportunidades ainda é um desafio. A complexidade das plataformas, a burocracia e a falta de informações claras criam barreiras que afastam muitas pessoas, especialmente aquelas com menos recursos.

A Inco Investimentos quer ser a ponte para quem quer investir, mas não tem altos valores no bolso. A plataforma permite que qualquer pessoa, com mínimo de R$ 500, tenha a chance de investir em grandes projetos — desde empreendimentos imobiliários até gigantes da tecnologia.

Recentemente, a fintech alcançou um marco histórico: R$ 1 bilhão captados por meio da plataforma. São mais de 350 mil investidores espalhados por mais de 3.000 municípios brasileiros.

Como tudo começou?

A história da Inco começa em Belo Horizonte, em 2018, com os engenheiros Daniel Miari, Bruno Patrus e Leonardo Belisario. A motivação para criar a empresa surgiu da percepção de que, tanto para as empresas quanto para os investidores, havia uma grande dificuldade em acessar o mercado financeiro de forma simples e acessível.

Miari, que já atuava no setor imobiliário, viu de perto as dificuldades enfrentadas por empresas que precisavam de capital para expandir, mas esbarravam na falta de crédito acessível e na burocracia dos bancos.

Ao mesmo tempo, ele também sentia a frustração de muitos investidores que queriam diversificar os investimentos, mas não tinham o capital necessário para participar de grandes empreendimentos.

Com a missão de resolver esses dois problemas, o trio fundou a Inco para criar uma plataforma digital que conectasse investidores de qualquer porte a grandes projetos imobiliários e outros empreendimentos de impacto.

A proposta era permitir que qualquer pessoa com R$ 500 pudesse participar, sem a necessidade de milhões para se tornar sócia de grandes negócios.

Investir na SpaceX e OpenAI?

Com o tempo, a Inco conquistou rapidamente a confiança de um público diversificado. "No começo, a dificuldade era explicar como o processo funcionava, porque o conceito de investimento coletivo não era tão conhecido. Mas, à medida que as pessoas foram entendendo o potencial, as coisas começaram a decolar", diz Miari.

Entre as ofertas que mais chamaram a atenção de seus investidores estiveram as de participações indiretas na SpaceX, empresa espacial de Elon Musk, e na OpenAI, a gigante por trás do ChatGPT. Os investidores brasileiros acessaram, por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), empresas com um crescimento exponencial, sem precisar de altos valores iniciais.

Nos próximos anos, a Inco planeja expandir as operações ainda mais, com foco na internacionalização. A empresa já está presente em Portugal e nos Estados Unidos e busca oferecer aos investidores brasileiros novas oportunidades em mercados internacionais.

"Queremos ajudar nossos investidores a pensar globalmente e investir não só no Brasil, mas também em mercados internacionais que podem trazer grandes retornos", diz o fundador.

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