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A evolução da dívida da Odebrecht Agroindustrial

A companhia terá 13 anos para quitar o saldo e, como garantia, entregou 100% das ações na Braskem

Odebrecht Agroindustrial Unidade Conquista do Pontal (Divulgação)

Odebrecht Agroindustrial Unidade Conquista do Pontal (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de julho de 2016 às 19h06.

São Paulo - Além da Operação Lava Jato e da desaceleração econômica, a Odebrecht tem outro obstáculo: sua dívida.

A dívida líquida total do grupo, que era mais de R$ 84 bilhões em 2015, prejudicou os resultados financeiros da empresa. O total de financiamentos e debêntures da empresa chegou a quase R$ 110 bilhões no ano passado.

Por isso, a companhia busca reestruturar o valor devido pelas suas subsidiárias.

Uma delas é a Odebrecht Agroindustrial, que fechou a renegociação de R$ 7 bilhões em dívidas com os bancos BNDES, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. A companhia confirmou o valor, mas não os bancos credores.

Agora, a companhia terá 13 anos para quitar o saldo. Como garantia, ela entregou 100% das ações da empresa na Braskem, empresa do setor petroquímico.

O grupo também fará um aporte de R$ 6 bilhões na empresa, dos quais R$ 2,5 bilhões servirão para pagar as obrigações imediatas com os bancos.

A dívida da Agroindustrial surgiu junto com a criação do braço. Desde 2007, a empresa destinou recursos para aquisições.

Nos anos seguintes, ela sofreu com quebras de safra decorrentes de secas e "a ausência histórica de uma política governamental concreta para os preços dos combustíveis". O grupo também é investigado na Operação Lava Jato..

Confira no gráfico abaixo a evolução da receita e da dívida da subsidiária da Odebrecht.

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