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A despedida de Stuart Gulliver do HSBC

ÀS SETE - O atual presidente se despediu do banco após sete anos no que foi um dos períodos mais sombrios do HSBC em seus 153 anos de história

Gulliver: sua resposta a crise foi reestruturar o HSBC

Gulliver: sua resposta a crise foi reestruturar o HSBC

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 06h30.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 07h09.

No início da manhã desta terça-feira o presidente do banco HSBC, Stuart Gulliver, participou da última divulgação de resultados da companhia. Gulliver se despediu do banco após sete anos no que foi um dos períodos mais sombrios do HSBC em seus 153 anos de história.

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O grande “marco” de sua gestão aconteceu há cinco anos, quando veio a público que o HSBC México havia lavado ao menos 881 milhões de dólares de dois dos maiores cartéis de drogas da América Latina.

O desfecho da investigação foi considerado barato para o banco — lhe custou 1,9 bilhão de dólares em multas — mas foi o suficiente para fazer com que a gestão de Gulliver passasse boa parte dos últimos anos tentando reparar os danos causados à imagem da instituição.

O HSBC teve que investir bilhões de dólares em novos sistemas para revisar seu controle de dinheiro. Junto a isso, veio um período mais difícil para os bancos, com as taxas de juros alcançando patamares baixos (ou até mesmo negativos) — afetando diretamente a margem de lucro do banco — e os reguladores aumentando as restrições e exigências das instituições.

A resposta de Gulliver a crise foi reestruturar o HSBC. Para isso, vendeu mais de 100 negócios que tinham uma performance que deixava a desejar, como as operações do banco no Brasil.

Para analistas, Gulliver deixa o banco em um período de considerável melhora. As taxas de juros voltaram a subir, a maioria do trabalho de reestruturação do banco já foi feito e os problemas regulatórios foram resolvidos.

O otimismo pode ser visto no preço das ações, que subiram mais de 70% nos últimos dois anos e finalmente superaram o valor anterior ao da gestão de Gulliver.

Quem assume o cargo de presidente do maior banco da Europa é John Flint, que dirigia o departamento de varejo e de gestão de riqueza do HSBC.

Flint também é um competidor de triathlon que vai ter como missão evitar novos escândalos e manter o banco em uma melhor forma que seu antecessor.

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