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À beira da falência, produtora de Weinstein deve ser comprada

A The Weinstein Company desabou desde que denúncias de assédio sexual, abuso e até mesmo estupro foram feitas contra o magnata Harvey Weinstein

Harvey Weinstein (Rich Polk/Getty Images)

Harvey Weinstein (Rich Polk/Getty Images)

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AFP

Publicado em 2 de março de 2018 às 07h00.

Um grupo de investidores liderado por Maria Contreras-Sweet informou nesta quinta-feira que chegou a um acordo para a compra dos ativos da antiga produtora de Harvey Weinstein, caído em desgraça por uma enxurrada de denúncias de cunho sexual.

Maria Contreras-Sweet declarou que o acordo tem o aval do gabinete do procurador-geral do Estado de Nova York, que no mês passado acionou a The Weinstein Company por garantir a indenização às supostas vítimas de abusos sexuais.

"Nossa equipe se alegra em anunciar que deu um importante passo e alcançou um acordo para comprar os ativos da The Weinstein Company visando criar uma nova empresa", informou Contreras-Sweet em um comunicado.

O Conselho de Administração da The Weinstein Company (TWC) confirmou o acordo na noite desta quinta-feira, assinalando que "abre um caminho claro para indenizar as vítimas e proteger os empregos do nosso pessoal".

"Nos agrada anunciar que chegamos a um acordo para vender os ativos da The Weinstein Company a um grupo investidor liderado por Maria Contreras-Sweet e Ron Burkle. Consideramos que é um resultado positivo diante de circunstâncias incrivelmente difíceis".

Maria Contreras-Sweet afirmou que sua intenção é "construir um estúdio de cinema liderado por uma diretoria constituída por uma maioria de mulheres independentes, salvar 150 empregos, proteger as pequenas empresas credoras e criar um fundo para indenizar as vítimas".

The Weinstein Company (TWC) desabou desde que começaram a vir à tona, em outubro, as denúncias de assédio sexual, abuso e até mesmo estupro feitas por mais de uma centena de mulheres contra Harvey Weinstein, cujos filmes receberam mais de 300 indicações ao Oscar e 81 estatuetas.

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