8 presidentes que anunciaram aposentadoria recentemente
Elie Horn, da Cyrela, e Pedro Parente, da Bunge Brasil, foram alguns dos que anunciaram a troca do comando de grandes empresas por sossego. Veja outros casos
Saída de cena (Talita Abrantes/EXAME.com)
Tatiana Vaz
Publicado em 16 de abril de 2014 às 13h39.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h14.
São Paulo - Algumas pessoas tem sua personalidade tão arraigada no trabalho que fazem que acabam se confundindo com a própria história da empresa que comandam ou trabalham. É o caso da Cyrela que, a partir de maio, não terá mais seu fundador, Elie Horn, no controle. E até da Apple, cujo VP Financeiro, ajudou a multiplicar os lucros da empresa antes de anunciar sua saída de cena. A seguir, listamos oito nomes de executivos de grandes negócios que anunciaram aposentadoria recentemente.
Pedro Parente anunciou sua aposentadoria em janeiro, depois de comandar a companhia desde 2010. Parente tem 60 anos e liderou a reestruturação da Bunge no país. O executivo será substituído por Raul Padilla, a partir de 1º de maio. Padilla era diretor global de agronegócio e presidente da Bunge Product Lines antes de assumir a missão. Em seu lugar assume Brian Thomsen, atualmente diretor global de grãos e óleos. Ele trabalhará em Genebra.
"É difícil a hora do adeus, mas faz parte da vida. Obrigado a todos", disse Elie Horn na última teleconferência com analistas da Cyrela. O empresário se despediu em março do comando da construtora fundada por ele há mais de 50 anos. A partir de maio, a Cyrela passa a ser comandada em conjunto por Efraim e Raphael Horn, herdeiros e filhos de Elie. O empresário segue como presidente do conselho da construtora.
Rubens Menin, que acumulava a função de CEO e presidente do conselho da construtora MRV, ficará somente com seu cargo no conselho de administração. O anúncio foi feito na divulgação de resultados da empresa, em março. Com a modificação, Rafael Menin e Eduardo Fisher, filho e sobrinho, respectivamente, de Rubens, vão assumir em conjunto o comando da construtora. Os dois foram nomeados co-presidentes da MRV.
Tom Murry, presidente da Calvin Klein, anunciou sua aposentadoria depois de 17 anos à frente do comando da marca de roupa, uma das mais populares do mundo. O executivo fica no cargo até o dia 1º de julho e será substituído por Steve Shiffman, que desempenha o papel de presidente comercial da companhia.
Na Apple não se trata do comando, mas da direção financeira que terá troca de gestão depois do anúncio da aposentadoria de Peter Oppenheimer. Ele sairá do cargo que ocupava desde 2004 – vale lembrar que, de lá pra cá, os lucros dispararam de US$ 8 bilhões ao ano para US$ 171 bilhões. Maestri assumirá em junho, apesar de Peter ficar na companhia até setembro para ajudar na transição. Atualmente ele segue como vice-presidente financeiro e já trabalhou em companhias como Xerox e General Motors.
Em fevereiro a Microsoft anunciou o engenheiro indiano Satya Nadella como novo presidente da companhia em decorrência da aposentadoria de Steve Ballmer, anunciada em agosto de 2013. Ballmer foi o sucessor de Bill Gates no comando e ficou no cargo por 13 anos. Apesar de oficialmente dizer que saiu da empresa para se aposentar, Ballmer falou sobre as duras cobranças que recebia do Conselho da Microsoft em uma entrevista dada ao Wall Street Journal.
Depois de dois anos no cargo da empresa familiar, Ed Shirley decidiu deixar o cargo de executivo-chefe da Bacardi para se dedicar ao ócio. Até que um substituto seja indicado, o comando da empresa fica com Facundo Bacardi, presidente do conselho de administração e herdeiro da companhia de bebidas criada por sua família há 152 anos. Shirley estava na empresa desde 2012. Antes ele era responsável pela linha de produtos de beleza da americana Procter & Gamble.
Neste mês, John McCarvel, presidente mundial da Crocs, está pendurando as chuteiras. Ele havia avisado, em dezembro, que iria se aposentar e desistir de seu assento no conselho da fabricante de calçados. A empresa está reestruturando o conselho depois da venda de 13% das ações preferenciais para o fundo Blackstone por meio de um investimento de 200 milhões de dólares. Os papéis podem ser convertidos em ações ordinárias em três anos.
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