Montadoras de carro expõem os seus planos para o país, além de revelar parcerias e estratégias no Salão de Automóveis de Paris, que vai até o dia 19 de outubro
Karin Salomão
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 14h33.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h01.
As montadoras Daimler e Renault-Nissananunciaram que irão expandir suas parcerias. Os projetos quadruplicaram e serão produzidos 12 modelos na Europa, Ásia e América do Norte. A cooperação começou em 2010, com apenas três projetos. Este ano, presidentes das companhias comentaram no Salão do Automóvel em Paris que irão lançar os primeiros veículos totalmente co-desenvolvidos desde o início. Os modelos serão o novo Renault Twingo (foto), que foi colocado à venda em setembro, e os Fortwo e Forfour, disponíveis a partir de novembro.
A Ford pretende aumentar vendas em 55% até 2020. Otimistas, a montadora Ford não se deixou abalar pelos resultados desanimadores na Europa dos últimos anos. O presidente da montadora, Mark Fields, afirmou que pretende aumentar as vendas globais entre 45% e 55% até 2020. Serão 9 milhões de carro por ano para atingir essa meta. A Ford também anunciou que irá atualizar 16 carros de seu portfólio em 2015. Esse é um recorde na história da montadora, que lançou 23 modelos este ano. Na foto, o Ford S-Max, anunciado no salão deste ano.
A indústria automotiva europeia vive dias de crise. Apesar de ter crescido 6% esse ano, maior alta desde 2007, os níveis de venda ainda estão aquém dos números anteriores a 2007. Para aquecer a indústria automotiva na Europa, montadoras estão lançando carros híbridos e elétricos. BMW, Lamborghini, Jaguar e Porsche lançaram versões híbridas ou elétricas de seus carros de luxo no Salão do Automóvel de Paris. Na foto, o Lamborghini Asterion, o primeiro carro híbrido da marca, conceito apresentado na feira. A francesa Renault lançou o carro conceito Eolab. Com 400kg a menos do que o Clio, também é mais aerodinâmico, o que torna seu motor híbrido de gasolina e elétrico mais eficiente
Também na leva de híbridos, a francesa Renault lançou o carro conceito Eolab. Com 400kg a menos do que o Clio, também é mais aerodinâmico, o que torna seu motor híbrido de gasolina e elétrico mais eficiente. É uma das apostas da montadora para se recuperar na economia europeia.
Peugeot Citroën poderá fabricar carros no Brasil, para reduzir o impacto do câmbio na importação de peças. Essa é uma das ações de um plano de reconstrução da montadora para os próximos três anos, para retomar a rentabilidade das operações da América Latina. O executivo português Carlos Tavares, presidente mundial do grupo, conversou com jornalistas brasileiros no Salão. As informações são do jornal Valor Econômico. Os dois últimos anos foram difíceis para a empresa na região, principalmente no Brasil. Em 2013 as perdas chegaram a R$ 2,64 bilhões. Além disso, o grupo também encerrou o terceiro turno de produção na fábrica de Porto Real (RJ), em resposta à da queda nas exportações para a Argentina. 600 vagas foram fechadas no país.
A Kia lança o novo Sorento na intenção de ultrapassar Hyundai, sua sócia e concorrente. Há 16 anos, a sul-coreana Kia foi salva da falência pela Hyundai Motors. Hoje, superar sua sócia é o maior desafio da montadora, segundo o Wall Street Journal. Para competir com o Santa Fe, a Kia lançou o novo Sorento no Salão do Automóvel. A empresa também espera reanimar as vendas fracas no mercado interno.
O mercado brasileiro está em um momento “desapontador”, segundo Carlos Ghosn, presidente mundial da Aliança Renault – Nissan. Segundo ele, as vendas de veículos devem encerrar o ano com queda de 10%, segundo previsões. As eleições estão entre os fatores para a queda. Ghosn destaca que isso não atrapalha os planos da empresa no Brasil, já que a montadora, afirma ele, não está com excesso de capacidade produtiva no país.
8/9(Divulgação sala de imprensa Citroën / Fotógrafo Giulliano Ricciardi)
A Citroën estuda trazer o novo C4 Picasso ao Brasil. O carro deve ser comercializado a partir do primeiro semestre de 2015. Para o Salão do Automóvel em Paris, a empresa levou diversos modelos do C4. O modelo que virá para o Brasil, a versão simples do novo C4 Picasso, “inicialmente virá somente em cinco lugares. A de sete viria por um preço que foge ao alcance do público desse carro no Brasil”, disse fonte à Folha de S.Paulo. Além do C4 Picasso, a empresa também trará o C4 Cactus para o Salão do Automóvel de São Paulo. No entanto, o veículo não será vendido no país. “Para esse carro ser viável, teria que ser produzido localmente. Importado, chegaria muito caro”, disse fonte.
Desmonte de usinas hidrelétricas após o fim da vida útil pode trazer benefícios permanentes para o meio ambiente, mas pode ter impactos negativos no curto prazo.
O jornalista foi o último brasileiro a entrevistar o piloto, homenageado pela Heineken no espaço da marca no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 deste ano