Cerca de 30 pessoas se reúnem em frente à Refinaria Duque de Caxias em apoio à greve dos petroleiros: o ministro admitiu que há risco de violência em protestos programados para o dia do leilão (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2013 às 14h15.
Rio - O Ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira, 18, que cerca de 700 militares atuarão no reforço da segurança do leilão da área de Libra, na camada do pré-sal, na segunda-feira, 21, no Rio. Segundo Amorim, entre os militares estarão oficiais do Exército e da Força Nacional e policiais militares.
Sobre a avaliação de risco à realização do leilão e de violência em protestos programados por movimentos sociais contrários à licitação, o ministro afirmou que "se não houvesse risco, não teriam nos chamado."
"O que ocorreu foi que o governador (Sérgio Cabral) pediu o apoio das Forças Armadas porque considerou que as forças do Estado não eram suficientes e isso é o que prevê a Constituição; estaremos lá com esse objetivo, é uma situação excepcional que eu espero que seja resolvida da melhor forma possível", pontuou Amorim, após ministrar uma palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O ministro afirmou ainda que o número total de oficiais que vão participar da operação de segurança pode aumentar. "Mas acredito que tudo ocorrerá na maior tranquilidade", ressaltou Amorim.
A palestra do ministro foi interrompida em diversos momentos por estudantes que, com gritos de guerra, vaias e cartazes, questionavam a presença dos militares durante o leilão.
Perguntado por um aluno se a participação de empresas estrangeiras no leilão de Libra representaria um risco à soberania nacional, o ministro se limitou a afirmar que "o leilão é realizado de acordo com a legislação existente, definida pelo Congresso, que é uma instituição democrática".
Os estudantes também protestaram contra a atuação da Polícia Militar do Rio durante as manifestações populares, ao que Amorim respondeu que "algum tipo de polícia deve existir."